terça-feira, 26 de abril de 2011

INTOLERÂNCIA - ARROGÂNCIA

Intolerância 


“Assim não deve ser entre vós, ao contrário, aquele que quiser tornar-se o maior, seja vosso servo:- e, aquele que quiser ser o primeiro entre vos seja vosso escravo”.Matheus , capitulo XX, VV.20 a 28.

“Amigo prá mim, é só isto: é a pessoa com quem a gente gosta de conversar, de igual ao igual, desarmada.O de que um tira prazer de estar próximo.” Guimarães Rosa.

Um breve levantamento histórico diz que a palavra tolerância foi "parida" nos conflitos religiosos, no séc. 16, na época das guerras religiosas entre católicos e protestantes. André Lalande  ,conta que "os católicos acabaram por tolerar os protestantes, e reciprocamente. Depois foi reclamada a tolerância em face de todas as religiões e de todas às crenças". A partir do século 19, a tolerância estendeu-se ao livre pensamento e, no século 20, passou a ser acordo internacional com intenção de ser exercitada, através da Carta aos Direitos Humanos em 1948, também através de algumas ONGs e de governos não totalitários.
Tolerância é uma das tantas virtudes , necessárias para elevar o ser humano à condição de civilidade. Ela faz parte do processo de desenvolvimento ético de indivíduos e grupos, cuja meta é levá-los a manter a "disposição firme e constante para praticar o bem".

Já o seu oposto  a intolerância tem por base o nosso velho conhecido sentimento de egoísmo.A energia do intolerante está sempre centrada no seu ego, na sua vontade ser o melhor, de destacar-se em qualquer situação , estabelecendo um comportamento de rigidez , teimosia autoritarismo, competição , desrespeitando sempre a possibilidade de escuta do outro sob a ação da rebeldia na tentativa de demonstrar seus sentimentos de menosprezo pelos pensamentos e atos de seu semelhantes quando são diferentes dos seus.Fugindo assim ao conceito básico de tolerância que nos aproxima dos valores éticos.

Ermande Dufaux, no livro Escutando Sentimentos nos ajuda a refletir sobre este tema elencando24 itens que são os efeitos da intolerância –arrogância ,e nos ajuda a fazer uma reflexão para procurarmos em nós algumas características da intolerância e arrogância , que são :

1-Perda do autodomínio

2-Apego a convicções pessoais.

3-Gosto por julgar e rotular a conduta alheia

4-Necessidade de exercício do poder

5-Rejeição a críticas ou questionamentos

6-Negação de sentimentos

7-Ter resposta para tudo.

8-Desprezo aos esforços alheios

9-Imponência nas expressões corporais

10-Personalismo

11-Auto-suficiência nas decisões.

12-Bloqueio na habilidade da empatia

13-Incapacita para a alteridade

14-Turva o afeto

15-Acreditar que pode mais do que realmente é capaz.

16-Buscar mais de que necessita.

17-Querer ir além de seus limites.

18-Exigir mais do que consegue.

19-Sentir que somos especiais pelo bem que fazemos.

20-Supor que temos a capacidade de dizer o que é certo e errado para os outros.

21-Sentir-se com direitos e qualidades em função do tempo de doutrina e da folha de serviços.

22-Acreditar que temos a melhor percepção sobre as responsabilidades que nos são entregues em nome do Cristo.

23-Julgar-se apto a conhecer o que se passa no íntimo de nosso próximo.

24-Desprezar o valor alheio

A insistência nestes comportamentos de hostilidade e de prepotência vão estabelecendo vínculos cada vez mais estreitos com os níveis de pensamentos inferiores, que nos levam a cegueira espiritual, podendo nos envolver em processos obsessivos de grandes proporções.

A medida que vamos interiorizando os reais valores da vida, que nos caracterizam como seres eternos, crísticos , desenvolvendo nossa autoconsciência, vamos abrindo as portas para que nossas habilidades da tolerância desabrochem , afastando-nos dos efeitos nefastos que a intolerância acarreta em nossas vidas.

Precisamos responder as perguntas: Como vejo as diferenças ao meu redor ? Em quais situações identifico a presença de minha intolerância ? Como procurar um remédio moral para superá-la ?

 Jane

   

#Interpretação dos sonhos



"O sonho é a estrada real que conduz ao inconsciente."   
   S. Freud


   A crença mantida na antiguidade, de que os sonhos eram enviados pelos deuses afim de ordenar as ações dos homens, constitui ainda hoje uma convicção popular. Basta lembrarmos do sonho do faraó, proposto a José na Bíblia, das sete vacas gordas seguidas por outras sete magras que devoram as primeiras. O significado era uma profecia de sete anos de fome no Egito.
   Esse método de interpretação simbólica é tão difundido como outro de decifração, onde para cada elemento onírico encontra-se um significado correspondente, estabelecido nos livros de sonhos com tabelas de palavras-chaves e lugares comuns.
   É a partir de Freud (nasceu 06 de maio de 1856 - 23 setembro 1939), que o sonho torna-se objeto de pesquisa científica com o livro, A Interpretação dos Sonhos, resultando na criação de um novo método de interpretação psicanalítica. 
   As descobertas de Freud, de que os sonhos têm um conteúdo psicológico fundamental revolucionaram o estudo da mente. Antes os sonhos eram tidos como meros efeitos de um trabalho desconexo, provocados por estímulos fisiológicos. Os conhecimentos desenvolvidos por Freud trouxeram os sonhos para o campo da Psicologia e demonstraram que estes são tão somente a realização de desejos, disfarçados ou não, satisfeitos em pleno campo psíquico.

    Freud, faz referências a três tipos de sonhos – aqueles que fazem de imediato sentido, inteligíveis e como tal integrados na nossa vida; mais frequentes nas crianças do que nos adultos, não deixando lugar para dúvidas. Outros, ainda inteligíveis mas que apresentam algum grau de estranheza, sendo já difícil encontrar um significado entre o conteúdo manifesto e o conteúdo latente, mais frequentes nas crianças, e, por fim, os mais habituais nos adultos; sonhos desconexos, sem qualquer lógica, e, em que o conteúdo manifesto desfigura completamente o conteúdo latente. Quando não são confusos, o indivíduo pode não reconhecê-los como seus.
   O sonho, como todo o funcionamento psíquico é multideterminado. À transformação do conteúdo latente em conteúdo manifesto chamamos “trabalho ou labor do sonho”. Consiste no disfarce ,a pessoa não tem conhecimento direto do que acontece porque determinadas ideias causam ansiedade e, como tal não são admitidas no consciente. Por exemplo, a ideia A ao querer surgir na consciência sofre uma censura e é obrigada a transformar-se em B.
   O sonho é uma manifestação criativa da psique (mente inconsciente e consciente) e transcende os meros cinco sentidos. Portanto, os sonhos podem, de forma simbólica e numa linguagem própria, revelar questões de nossa  personalidade que precisam ser trabalhadas.
    Além de apresentar soluções para problemas do cotidiano e regular nossas emoções internas.
   Como expressão simbólica do processo vital, o sonho tem implicações profundas e elevadas, para o físico e para o espiritual, para o corpo e para a psique. Ele pode ser um aliado valioso para a compreensão dessas interligações.   
   Pode nos fornecer o mapa para a compreensão simbólica de sintomas psicossomáticos e, por vezes, de sua resolução.   
  Pode constituir, assim, uma chave preciosa para nosso autoconhecimento e bem-estar.

Mário Quintana -Um vôo de andorinha



Um vôo de andorinha

Deixa no ar o risco de um frêmito…

Que é isto, coração?! Fica aí, quietinho:

Chegou a idade de dormir!

Mas

Quem é que pode parar os caminhos?

E os rios cantando e correndo?

E as folhas ao vento? E os ninhos…

Mário Quintana

segunda-feira, 25 de abril de 2011

#ARTUR DA TÁVOLA -AH, o diferente, esse ser especial.

                                           "... Ah, o diferente, esse ser especial!"

"Diferente não é quem pretenda ser. Esse é um imitador do que ainda não foi imitado, nunca um ser diferente.

Diferente é quem foi dotado de alguns mais e de alguns menos em hora, momento e lugar errados para os outros. Que riem de inveja de não serem assim. E de medo de não agüentar, caso um dia venham, a ser. O diferente é um ser sempre mais próximo da perfeição.

O diferente nunca é um chato. Mas é sempre confundido por pessoas menos sensíveis e avisadas. Supondo encontrar um chato onde está um diferente, talentos são rechaçados; vitórias, adiadas; esperanças, mortas. Um diferente medroso, este sim, acaba transformando-se num chato. Chato é um diferente que não vingou.

Os diferentes muito inteligentes percebem porque os outros não os entendem. Os diferentes raivosos acabam tendo razão sozinhos, contra o mundo inteiro. Diferente que se preza entende o porque de quem o agride. Se o diferente se mediocrizar, mergulhará no complexo de inferioridade.

O diferente paga sempre o preço de estar - mesmo sem querer - alterando algo, ameaçando rebanhos, carneiros e pastores. O diferente suporta e digere a ira do irremediavelmente igual: a inveja do comum; o ódio do mediano. O verdadeiro diferente sabe que nunca tem razão, mas que está sempre certo.

O diferente começa a sofrer cedo, já no primário, onde os demais de mãos dadas, e até mesmo alguns adultos por omissão, se unem para transformar o que é peculiaridade e potencial em aleijão e caricatura. O que é percepção aguçada em : "Puxa, fulano, como você é complicado". O que é o embrião de um estilo próprio em : "Você não está vendo como todo mundo faz? "

O diferente carrega desde cedo apelidos e marcações os quais acaba incorporando. Só os diferentes mais fortes do que o mundo se transformaram ( e se transformam) nos seus grandes modificadores.

Diferente é o que vê mais longe do que o consenso. O que sente antes mesmo dos demais começarem a perceber. Diferente é o que se emociona enquanto todos em torno agridem e gargalham. É o que engorda mais um pouco; chora onde outros xingam; estuda onde outros burram. Quer onde outros cansam. Espera de onde já não vem. Sonha entre realistas. Concretiza entre sonhadores. Fala de leite em reunião de bêbados. Cria onde o hábito rotiniza. Sofre onde os outros ganham.

Diferente é o que fica doendo onde a alegria impera. Aceita empregos que ninguém supõe. Perde horas em coisas que só ele sabe importantes. Engorda onde não deve. Diz sempre na hora de calar. Cala nas horas erradas. Não desiste de lutar pela harmonia. Fala de amor no meio da guerra. Deixa o adversário fazer o gol, porque gosta mais de jogar do que de ganhar. Ele aprendeu a superar riso, deboche, escárnio, e consciência dolorosa de que a média é má porque é igual.

Os diferentes aí estão: enfermos, paralíticos, machucados, engordados, magros demais, inteligentes em excesso, bons demais para aquele cargo, excepcionais, narigudos, barrigudos, joelhudos, de pé grande, de roupas erradas, cheios de espinhas, de mumunha, de malícia ou de baba. Aí estão, doendo e doendo, mas procurando ser, conseguindo ser, sendo muito mais.

A alma dos diferentes é feita de uma luz além. Sua estrela tem moradas deslumbrantes que eles guardam para os pouco capazes de os sentir entender.Nessas moradas estão tesouros da ternura humana. De que só os diferentes são capazes.

Não mexa com o amor de um diferente. A menos que você seja suficientemente forte para suporta-lo depois."




Rio de Janeiro


1936 - 2008


“ Música é vida interior,e quem tem vida interior jamais padecerá de solidão. ”

Artur da Távola, pseudônimo de Paulo Alberto Monteiro de Barros, (Rio de Janeiro, 3 de janeiro de 1936 — Rio de Janeiro, 9 de maio de 2008) foi um político, escritor, jornalista brasileiro e um dos fundadores do PSDB. Apresentava um programa de música erudita na TV Senado.


 Comentário :Foi com muita tristeza que ouvi no dia de 09 de maio de 2008 o noticiário de seu desencarne , senti um vazio profundo.....
Artur da Távola foi o meu último ídolo político .
Primeiro o inesquecível Leonel Brizola , logo após Darcy Ribeiro, e ele por último .
Desde então sinto-me órfã de um referencial que despertasse em mim o entusiamo nacionalista, os sonhos de uma democracia que priorizasse os excluídos  sociais, e que o acesso a cultura fosse naturalmente um processo de inclusão destes nossos brasileiros tão carentes de pessoas que vejam suas reais necessidades.
Até um dia Artur...
By: Jane.




O Guardador de Rebanhos IX - Fernando Pessoa

Sou um guardador de rebanhos.
O rebanho é os meus pensamentos
E os meus pensamentos são todos sensações.

Penso com os olhos e com os ouvidos
E com as mãos e com os pés
E com o nariz e com a boca.

Pensar uma flor é vê-la e cheirá-la
E comer um fruto é saber-lhe o sentido.

Por isso quando num dia de calor
Me sinto triste de gozá-lo tanto,
E me deito ao comprido na erva,
E fecho os olhos quentes,

sinto todo o meu corpo deitado na realidade,
Sei a verdade e sou feliz.

Fernando Pessoa (Alberto Caeiro)

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Jesus e a parábola do Fermento.

 .

"O reino dos céus é semelhante a um FERMENTO, que uma mulher tomou e colocou em 3 MEDIDAS de farinha, até ficar tudo levedado."(Mateus, XIII, 33 - Lucas, XIII, 20-21)

   O fermento atua lentamente , silenciosamente, constantemente, de DENTRO para FORA . Ninguém vê a causa invisível dos EFEITOS VISÍVEIS.

3 MEDIDAS – 3 áspectos do ego humano :

MATERIAL

MENTAL

EMOCIONAL.

    O homem cósmico permeia as 3 medidas do ego humano, pelo fermento divino.onde verificamos a transformação da vida externa pela vitalidade da essência interna.

Jesus como o Terapeuta Maior buscava facilitar a emergência de áspectos saudáveis que se encontravam impedidos de se manifestar gerando sintomas.

Jesus nos alerta que nossa grande missão é buscar esta vitalidade interna e plenificarmos em nós primeiramente a sua
potência de vir-a-ser.

    Quanto mais resistirmos a este movimento de iluminação mais persistiremos nos mesmos equívocos.No pensamento de Jung aquilo que você resiste, persiste .

Assim, quanto deixarmos o fermento do amor agir silenciosamente nos escaninhos dos porões de nossa alma removendo nossos vínculos com o orgulho , o egoísmo, com as mágoas e os ressentimentos , conseguiremos visualizar o homem cósmico que habita em nós e resgataremos nossa saúde mental e emocional, que permanece oscilante porque nossas escolhas muitas vezes ainda recaem no áspecto material.

    O convite a autoeducação, ao desenvolvimento do self, a participação em movimentos  sociais , em ações voluntárias em  ajuda ao próximo nos ajudará a cortar estes liames que nos prendem ainda a estas conexões neurais de experiências equivocadas que demandam repetição , pois a associação do prazer fulgaz , enebria o espírito humano ainda atormentado com os convencionalismos sociais.

    É chegada a hora da força do espírito imortal, chama divina, fazer-se preponderar sobre as forças do ego, na grande conquista interna do amor que suaviza e luariza todas as nossas inquietações internas, deixando o fermento do amor agir silenciosamente em nós, levedando, multiplicando nossos sentimentos em direção ao Pai Maior, rumo ao Reino dos Céus, que não está aqui nem acolá, mas dentro de nós.

BY: Jane

AMOR DE PLENITUDE- Joanna de Ângelis

Em qualquer circunstância a terapia mais eficiente é amar.

  O amor possui um admirável condão que proporciona felicidade, porque estimula os demais sentimentos para a conquista do Self, fazendo desabrochar os tesouros da saúde e da alegria de viver, conduzindo aos páramos da plenitude.
  Ao estímulo do pensamento e conduzido pelo sentimento que se engrandece, o amor desencadeia reações físicas, descargas de adrenalina, que proporcionam o bem-estar e o desejo de viver na sua esfera de ação.
Inato no ser humano, porque procedente do Excelso Amor, pode ser considerado como razão da vida, na qual se desenvolvem as aptidões elevadas do Espírito, assinalado para a vitória sobre as paixões.
   Mesmo quando irrompe asselvajado, como impulso na busca do prazer, expressa-se como forma de ascensão, mediante a qual abandona as baixadas do bruto, que nele jaz para fazer desabrochar o anjo para cuja conquista marcha.
  A sua essência sutil comanda o pensamento dos heróis, a conduta dos santos, a beleza dos artistas, a inspiração dos gênios e dos sábios, a dedicação dos mártires, colocando beleza e cor nas paisagens mais ermas e sombrias que, por acaso, existam.
   Pode ver um poema de esperança onde jaz a morte e a decomposição, já que ensina a lei das transformações de todas as coisas e ocorrências, abrindo espaço para que seja alcançada a meta estatuída nas Leis da Criação, que é a harmonia.
   Mesmo no aparente caos, que a capacidade humana não consegue entender, encontra-se o Amor trabalhando as substâncias que o constituem, direcionando o labor no rumo da perfeição.
  O homem sofre e se permite transtornos psicológicos porque ainda não se resolveu, realmente, pelo amor, que dá, que sorri de felicidade quando o ser amado é feliz, liberando-se do ego a pouco e pouco, enquanto desenvolve o sentido de solidariedade que deve viver em tudo e em todos, contribuindo com a sua quota de esforço para a conquista da sua realidade.
   Liberando-se dos instintos básicos, ainda em predomínio, o ser avança, degrau a degrau, na escada do progresso e enriquece-se de estímulos que o levam a amar sem cessar, porquanto todas as aspirações se resumem no ato de ser quem ama.
   A síntese proposta por Jesus em torno do amor, é das mais belas psicoterapias que se conhece: Amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, em uma trilogia harmônica.
   Ante a impossibilidade de o homem amar a Deus em plenitude, já que tem dificuldade em conceber o Absoluto, realiza o mister, invertendo a ordem do ensinamento, amando-se de início, a fim de desenvolver as aptidões que lhe dormem em latência, esforçando-se por adquirir valores iluminativos a cada momento, crescendo na direção do amor ao próximo, decorrência natural do auto-amor, já que o outro é extensão dele mesmo, para, finalmente amar a Deus, em uma transcendência incomparável, na qual o amor predomina em todas as emoções e é o responsável por todos os atos.

   Diante, portanto, de qualquer situação, é necessário amar.
Desamado, se deve amar.
Perseguido, é preciso amar.        Odiado, torna-se indispensável amar.
Algemado a qualquer paixão dissolvente, a libertação vem através do amor.

Quando se ama, se é livre.
Quando se ama, se é saudável.
Quando se ama, se desperta para a plenitude.
Quando se ama, se rompem as couraças e os anéis que envolvem o corpo, e o Espírito se movimenta produzindo vida e renovação interior.

   O amor é luz na escuridão dos sentimentos tumultuados, apontando o rumo.

O amor é bênção que luariza as dores morais.
O amor proporciona paz.
O amor é estímulo permanente.

  Somente, portanto, através do amor, é que o ser humano alcança as cumeadas da evolução, transformando as aspirações em realidades que movimenta na direção do bem geral.
  O amor de plenitude é, portanto. o momento culminante do ato de amar.
  Desse modo, através do amor, imbatível amor, o ser se espiritualiza e avança na direção do infinito, plenamente realizado, totalmente saudável, portanto, feliz.


Creia, sua benção é certa!
Do  livro “Amor, Imbatível Amor”
Pelo Espírito 'Joanna de Ângelis'
Psicografia Divaldo Pereira Franco




quinta-feira, 14 de abril de 2011

Poesia de Olavo Bilac

Como quisesse livre  ser


Como quisesse livre ser, deixando

As paragens natais, espaço em fora,

A ave, ao bafejo tépido da aurora,

Abriu as asas e partiu cantando.

Estranhos climas, longes céus, cortando

Nuvens e nuvens, percorreu: e, agora

Que morre o sol, suspende o vôo, e chora,

E chora, a vida antiga recordando ...

E logo, o olhar volvendo compungido

Atrás, volta saudosa do carinho,

Do calor da primeira habitação...

Assim por largo tempo andei perdido:

— Ali! que alegria ver de novo o ninho,

Ver-te, e beijar-te a pequenina mão!

Olavo Bilac






segunda-feira, 4 de abril de 2011

Uma Abordagem Ética à Proteção Ambiental - Dalai Lama

A paz e a vida na Terra estão ameaçadas por atividades humanas não compromissadas com valores humanitários. A destruição da natureza e seus recursos é resultado da ignorância, da cobiça e da falta de respeito pelos seres vivos, incluindo nossos próprios descendentes. As gerações futuras herdarão um planeta extremamente degradado, caso a paz mundial não se efetive e a destruição da natureza continue nesse ritmo.

Nossos ancestrais viam a Terra como rica e generosa, o que ela realmente é. Muita gente no passado também via a natureza como inexaurivelmente sustentável. Está comprovado que caso cuidemos bem da Terra, ela pode ser efetivamente uma fonte inesgotável de recursos.

Não é difícil perdoar a destruição causada à Terra no passado, fruto da ignorância. Hoje, contudo, temos fácil acesso a todo o tipo de informação e é essencial que examinemos eticamente o que herdamos, quais são nossas responsabilidades e o que passaremos para as gerações vindouras. Muitas dessas gerações poderão não conhecer habitats, animais, plantas, insetos e microorganismos da Terra. Temos a capacidade e a obrigação de agir e devemos fazê-lo antes que seja tarde demais. O mesmo cuidado que temos em cultivar relações pacíficas com nossos semelhantes, deve ser estendido ao meio ambiente.

E não apenas por uma questão moral ou ética, mas pela nossa própria sobrevivência. Para a geração presente e para as futuras, o meio ambiente é fundamental. Se o explorarmos exaustivamente, podemos receber algum benefício hoje, mas, a longo prazo, sofreremos as conseqüências. Quando o meio ambiente se altera, as condições climáticas também se alteram e, por conseguinte, nossa saúde está sendo muito afetada. Repetindo, a conservação não é meramente uma questão moral, mas sim da nossa própria sobrevivência.

Portanto, para conseguirmos proteção e conservação ambiental mais eficazes, é essencial que o ser humano desenvolva um equilíbrio interno. O desconhecimento em relação à importância da preservação do meio ambiente causou graves danos à humanidade. Precisamos agora ajudar as pessoas a compreenderem a necessidade urgente da proteção ambiental para a nossa sobrevivência.
Se você quer ser egoísta, então seja sábio e não mesquinho em seu egoísmo. A chave está no nosso senso de responsabilidade universal. Essa é a verdadeira fonte de luz, a verdadeira fonte de felicidade. Se esgotarmos tudo o que estiver disponível na Natureza, como árvores, água e sais minerais, e não fizermos um planejamento adequado para as próximas gerações, para o futuro, certamente estaremos em falta. Entretanto, se tivermos um verdadeiro senso de responsabilidade universal como força motriz, nossa relação com o meio ambiente e com nossos vizinhos serão bem mais equilibradas.

Por último, a decisão de salvar o meio ambiente deve brotar do coração do homem. Clamemos a todos para que desenvolvam um senso de responsabilidade universal fundamentado no amor, na compaixão e na clareza de consciência.

(Texto extraído da obra A Policy of Kindness, Snow Lion Publications, 1990.)

A gente pode-Mensagem de Chico Xavier



A gente pode morar numa casa mais ou menos, numa rua mais ou menos, numa cidade mais ou menos, e até ter um governo mais ou menos.


A gente pode dormir numa cama mais ou menos, comer um feijão mais ou menos, ter um transporte mais ou menos, e até ser obrigado a acreditar mais ou menos no futuro.
A gente pode olhar em volta e sentir que tudo está mais ou menos... 


TUDO BEM!


O que a gente não pode mesmo, nunca, de jeito nenhum...
é amar mais ou menos,
 sonhar mais ou menos,
 ser amigo mais ou menos,
 namorar mais ou menos,

 ter fé mais ou menos,
 e acreditar mais ou menos
Senão a gente corre o risco de se tornar uma pessoa mais ou menos.







domingo, 3 de abril de 2011

CARL GUSTAV JUNG- OS ARQUÉTIPOS

 
 O psicólogo Carl Gustav Jung afirmou que habita no espírito inconsciente de todos nós o potencial para termos certas ideias elementares ou "Arquétipos" e sermos transformados por elas.
 Este "inconsciente coletivo" expressa-se por mitos que vêm sendo repetidos sob diversas formas. E as lendas são uma das formas, pois nas lendas há sempre algo de profundamente simbólico. A elaboração desse conceito foi um dos grandes divisores de águas entre as teorias de Jung e Freud, pois Jung aprofunda a visão de inconsciente, resgatando as dimensões simbólicas e religiosa. Os arquétipos são princípios, formas sem conteúdo. Segundo Jung ,eles são “vazios em si”, que serão preenchidos pelas experiências de vida de cada um. Por não possuírem uma forma, eles manifestam-se através de símbolos ou comportamentos.
  Dentre os principais arquétipos anunciados por Jung, estão aqueles que configuram o psiquismo: a persona, a sombra, a anima, o animus e o Self. “(...) os conteúdos do inconsciente desencadeiam um desenvolvimento ou uma verdadeira metamorfose da psique” .

 JANE












BONS AMIGOS - DE MACHADO DE ASSIS

BONS AMIGOS


Abençoados os que possuem amigos, os que os têm sem pedir.
Porque amigo não se pede, não se compra, nem se vende.
Amigo a gente sente!
Benditos os que sofrem por amigos, os que falam com o olhar.
Porque amigo não se cala, não questiona, nem se rende.
Amigo a gente entende!Benditos os que guardam amigos, os que entregam o ombro pra chorar.
Porque amigo sofre e chora.
Amigo não tem hora pra consolar!
Benditos sejam os amigos que acreditam na tua verdade ou te apontam a realidade.
Porque amigo é a direção.
Amigo é a base quando falta o chão!Benditos sejam todos os amigos de raízes, verdadeiros.
Porque amigos são herdeiros da real sagacidade.
Ter amigos é a melhor cumplicidade!
Há pessoas que choram por saber que as rosas têm espinho,há outras que sorriem por saber que os espinhos têm rosas!

MACHADO DE ASSIS





PEQUENA BIOGRAFIA DE UM GRANDE HOMEM- BEZERRA DE MENEZES


Nome: Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti. Natural: Riacho do Sangue - CE Nascimento: 29 de agosto de 1831 Desencarne: 11de abril de 1900 Profissão: Médico, Redator e político (vereador, prefeito, deputado e senador) Família: 1ª esposa - Maria Cândida de Lacerda (desencarnou em 24 de março de 1863) com quem teve dois filhos; 2ª esposa - Cândida Augusta de Lacerda Machado com quem teve sete filhos. Conheceu o Espiritismo no ano 1875, através de um exemplar de O Livro dos Espíritos, oferecido pelo seu tradutor, Dr. Joaquim Carlos Travassos. Lançado em 883 o "Reformador", tornou-se seu colaborador escrevendo comentários judiciosos sobre o Catolicismo. No dia 16 de agosto de 1886, ante um auditório de pessoas da "melhor sociedade", proclamava solenemente a sua adesão ao Espiritismo, tendo inclusive direito à uma nota publicada pelo jornal "O Paiz" em tons elogiosos. Passou então a escrever livros que se tornariam célebres no meio espírita. Em 1889, como presidente da FEB, iniciou o estudo metódico de "O Livro dos Espíritos". Traduziu o livro "Obras póstumas". Durante um período conturbado do movimento espírita manteve-se afastado do meio tendo hábito somente a freqüência ao Grupo Ismael no qual eram estudadas obras de Kardec e Roustaing., enquanto a FEB declinava por problemas financeiros. Foi convidado a assumir a presidência FEB, cuja conseqüência foi a vinculação da Federação ao Grupo Ismael e a Assistência aos Necessitados. Nesta ocasião foi redator-chefe do Reformador. Defendeu o direitos e a liberdade dos espíritas contra certos artigos do Código Penal. Presidiu outras instituições espíritas e terminou esta existência no dia 11 de abril de 1900, recebendo na primeira página de "O Paiz" um longo necrológico, chamando-lhe de "eminente brasileiro", e honras da Câmara Municipal da Corte pela conduta e pelos serviços dignos. Obras literárias: A casa assombrada; A loucura sob novo prisma; A Doutrina Espírita como filosofia teogônica (Uma carta de Bezerra de Menezes); Casamento e mortalha; Pérola Negra; Evangelho do Futuro. Também traduziu o livro Obras Póstumas de Allan Kardec.

LEI DO VOLUNTARIADO




Lei do Voluntariado, nº 9.608, de 18/02/98 O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º - Considera-se serviço voluntário, para fins desta Lei, a atividade não remunerada, prestada por pessoa física a entidade pública de qualquer natureza ou instituição privada de fins não lucrativos, que tenha objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assistência social, inclusive mutualidade. Parágrafo único: O serviço voluntário não gera vínculo empregatício nem obrigação de natureza trabalhista, previdenciária ou afim. Art. 2º - O serviço voluntário será exercido mediante a celebração de termo de adesão entre a entidade, pública ou privada, e o prestador do serviço voluntário, dele devendo constar o objeto e as condições do seu serviço. Art. 3º - O prestador do serviço voluntário poderá ser ressarcido pelas despesas que comprovadamente realizar no desempenho das atividades voluntárias. Parágrafo único: As despesas a serem ressarcidas deverão estar expressamente autorizadas pela entidade a que for prestado o serviço voluntário. Art. 4º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 5º - Revogam-se as disposições em contrário. Brasília, 18 de fevereiro de 1998; 117 da Independência e 110 da República.
 FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
Paulo Paiva