quarta-feira, 22 de junho de 2011

CARTILHA DE COMBATE AO TABAGISMO


Dependência Química é doença e tem tratamento.
Diga NÃO AS DEPENDÊNCIAS.
Adote Saúde como seu estilo de vida!

ESTA CARTILHA FOI PUBLICADA PELA PREVIDÊNCIA SOCIAL.


Atualmente, o tabagismo é amplamente reconhecido como uma doença epidêmica resultante da dependência de nicotina e classificado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) no grupo dos transtornos mentais e de
comportamento decorrentes do uso de substâncias psicoativas. Essa dependência expõe continuamente os fumantes a cerca de 4.720 substâncias tóxicas, fazendo com que o tabagismo seja fator causal de aproximadamente 50 doenças diferentes, destacando-se as doenças cardiovasculares, o câncer e as doenças respiratórias obstrutivas crônicas.
Tabagismo no mundo .
O tabagismo é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a principal causa de morte evitável em todo o mundo. A OMS estima que um terço da população mundial adulta, isto é, 1 bilhão e 200 milhões de pessoas (entre as quais 200 milhões de mulheres), sejam fumantes. Pesquisas
comprovam que aproximadamente 47% de toda a população masculina e 12% da população
feminina no mundo fumam. Enquanto nos países em desenvolvimento os fumantes constituem 48% da população masculina e 7% da população feminina, nos países desenvolvidos a participação das mulheres mais do que triplica: 42% dos homens e 24% das mulheres têm o comportamento de fumar.
Epidemiologia:

Mundo 
1,2 bilhão de fumantes  5 milhões de mortes/ano (2030 = 10 milhões de morte/ano
Brasil
1/3 da população adulta fuma
(100 bilhões de cigarros/ano)
16,7 milhões homens,
11,2 milhões mulheres.
200 mil mortes/ano.

Como resultado, as estatísticas de mortalidade pelo tabagismo são alarmantes: a cada ano, o uso dos derivados do tabaco mata cerca de 5 milhões de pessoas em todo o mundo e este número tende a ser crescente.
Atualmente, vem causando mais mortes prematuras no mundo do que a soma de mortes provocadas por AIDS, consumo de cocaína, heroína, álcool, acidentes de trânsito, incêndios e suicídios juntos.
E se a tendência de consumo não for revertida, nos próximos 30 a 40 anos (quando os fumantes jovens de hoje atingirem a meia idade), a epidemia tabagística será responsável por 10 milhões de mortes por ano (metade delas em indivíduos em idade produtiva, entre 35 e 69 anos) sendo que 70% delas ocorrerão em países em desenvolvimento (WHO, 1996).
Para quem começa a fumar na adolescência:
➢ 50% morrem devido ao cigarro
➢ Metade com menos de 69 anos: perdendo 20-25 anos de vida
➢ Metade com mais de 69 anos: perdendo 8 anos de vida
No entanto, se a pessoa parar de fumar os riscos diminuem.
Ao consumo dos derivados do tabaco são atribuídas, entre outras:
➢ 30% das mortes por câncer
➢ 45% das mortes por doença coronariana
➢ 85% das mortes por doença pulmonar obstrutiva crônica
➢ 25% das mortes por doença cérebro-vascular
Os tipos de câncer que incidem com maior freqüência em fumantes são os de pulmão, boca, laringe, faringe, esôfago, pâncreas, rim, bexiga, colo do útero, estômago e fígado. Vale ressaltar que o câncer de pulmão, provocado pelo tabagismo em 90% dos casos, ocupa a primeira posição em mortalidade por câncer no sexo masculino, na maioria dos países desenvolvidos e no Brasil. Além disso, apesar dos avanços terapêuticos, esse tipo de câncer apresenta uma alta letalidade (Samet, 1995).
Compostos do cigarro Na fumaça dos produtos derivados do tabaco podem ser detectadas cerca de 4720 substâncias tóxicas diferentes. Dentre elas o alcatrão, a nicotina, o monóxido de carbono, resíduos de fertilizantes e pesticidas, metais pesados e até substâncias radioativas (Ministério da Saúde, 1998).
O alcatrão é reconhecido como um carcinógeno potente, capaz de atuar nas três fases da carcinogênese: indução, promoção e progressão. A nicotina é uma droga psicoativa capaz de causar dependência, pelos mesmos mecanismos da cocaína, maconha, heroína e álcool; além disso, tem efeitos vasoconstritores, provoca aumento das lipoproteínas de baixa densidade e adesividade plaquetária, contribuindo para a
formação de trombos, aterosclerose e infarto agudo do miocárdio. O monóxido de carbono, o mesmo gás tóxico  exalado do cano de descarga de automóveis, é gerado em grandes quantidades pelo processo de queima do tabaco.
No sangue, forma a carboxihemoglobina e contribui para a diminuição da oxigenação dos tecidos, potencializando a ação cardiovascular da nicotina.Poluição Tabagística Ambiental.Os danos provocados pela poluição tabagística ambiental ampliam mais ainda a dimensão do problema. A maior parte do tempo total de queima de um cigarro (96%) corresponde à fumaça que sai silenciosamente da ponta acesa do mesmo. Essa fumaça se difunde pelo ambiente homogeneamente,fazendo com que mesmo as pessoas que estão mais distantes dos fumantes inalem quantidades de poluentes iguais às que estão mais próximas. A fumaça que sai da ponta do cigarro contém cerca de 400 substâncias em quantidades comparáveis a que o fumante inala, e algumas em  concentrações mais elevadas. Em média, nessa fumaça podem ser encontrados três vezes mais monóxido de carbono e nicotina e até cinqüenta vezes mais substâncias cancerígenas, do que na fumaça tragada pelo fumante. Dessa forma, os fumantes passivos sofrem os efeitos imediatos da poluição ambiental tais como irritação nos olhos, manifestações nasais, tosse, cefaléia, aumento dos problemas alérgicos, principalmente das vias respiratórias. Quando comparados com não fumantes não expostos a poluição 
tabagística ambiental os fumantes passivos tem um risco 30% maior de câncer de pulmão e 24% para doenças cardíaca à longo prazo ( IARC, 1987).
Inúmeras pesquisas mostram que quanto maior o número de fumantes no domicílio, maior o percentual de infecções respiratórias entre crianças chegando a ser 50% maior entre crianças que convivem com mais de dois fumantes em casa, do que aquelas que não convivem com fumantes.
Benefícios em parar de fumar
 Fumantes que param, vivem mais e melhor;
 Melhora a capacidade pulmonar;
 Após 1 ano sem fumar, o risco cardíaco cai 50%, após 15 anos o risco é igual ao do não fumante;
 O risco de câncer de boca cai 50% após 5 anos;
 Quem parar entre os 35 e 39 anos, adiciona 5 anos de vida;
 Após 10 anos sem fumar, os riscos de câncer caem 50%;
 Após 15 anos, os riscos de morrer são iguais aos do não fumante.
Se parar de fumar agora...
• após 20 minutos sua pressão sangüínea e a pulsação voltam ao normal;
• após 2 horas não tem mais nicotina no seu sangue;
• após 8 horas o nível de oxigênio no sangue se normaliza;
• após 2 dias seu olfato já percebe melhor os cheiros e seu paladar já degusta a comida melhor;
• após 3 semanas a respiração fica mais fácil e a circulação melhora;
• após 5 a 10 anos o risco de sofrer infarto será igual ao de quem nunca fumou.
Escolha um método para deixar de fumar.
Um estudo realizado pelo Grupo de Apoio ao Tabagista (GAT) do Hospital do Câncer A. C. Camargo, em São Paulo, feito com 6 mil pacientes em tratamento, concluiu que em cerca de 50% dos casos, entre homens e mulheres, a dependência do cigarro é exclusivamente psicológica. Apenas 20% dos pacientes apresentaram dependência grave de nicotina e 30% são dependentes leves ou moderados da substância. Portanto, escolha um método e pare de fumar.
Parada Imediata Você marca uma data e nesse dia não fumará mais nenhum cigarro. Esta deve ser sempre sua primeira opção.
Parada Gradual
Você pode utilizar este método de duas formas:
Reduzindo o número de cigarros.
Por exemplo: Um fumante de 30 cigarros por dia, no primeiro dia fuma os 30 cigarros usuais,
no segundo - 25
no terceiro - 20
no quarto - 15
no quinto - 10
no sexto – 5
O sétimo dia seria a data para deixar de fumar e o primeiro dia sem cigarros.
Retardando a hora do primeiro cigarro
Por exemplo: no primeiro dia você começa a fumar às 9 horas,
no segundo às 11 horas,
no terceiro às 13 horas,
no quarto às 15 horas,
no quinto às 17 horas,
no sexto às 19 horas,
No sétimo dia seria a data para deixar de fumar e o primeiro dia sem cigarrosA estratégia gradual não deve gastar mais de duas semanas para ser colocada em prática, pois pode se tornar uma forma de adiar e não de parar de fumar. O mais importante é marcar uma data-alvo para que seja seu primeiro dia de ex-fumante. Lembre-se também que fumar cigarros de baixos teores não é uma boa alternativa. Todos os tipos de derivados do tabaco (cigarros,charutos, cachimbos, cigarros de Bali, etc) fazem mal à saúde.
Sentindo vontade de fumar
A vontade de fumar não dura mais que alguns minutos. Nesses momentos, para ajudar, você poderá chupar gelo, escovar os dentes a toda hora, beber água gelada ou comer uma fruta. Mantenha as mãos ocupadas com um elástico, pedaço de papel, rabisque alguma coisa ou manuseie objetos pequenos. Não fique parado - converse com um amigo, faça algo diferente que distraia sua atenção.
Proteja-se ... após parar de fumar uma simples tragada pode levar você a uma recaída. Evite o primeiro cigarro e você estará evitando todos os outros!
Caso não consiga parar de fumar sozinho, procure orientação médica.
Cuidado com os métodos milagrosos para deixar de fumar.
Tratamento
A abordagem cognitivo-comportamental é o eixo do tratamento e é um modelo de intervenção centrado na mudança de crenças e comportamentos que levam um indivíduo a lidar com uma determinada situação. Na dependência do tabaco, o indivíduo não “se submete” ao tratamento, participa do processo.
Deixar de fumar é o primeiro passo, o segundo é manter a abstinência. O que possibilita o alcance dessas metas é a mudança de comportamento.
O apoio medicamentoso (Bupropiona e Terapia de Reposição de Nicotina com adesivo transdérmico ou goma de mascar) pode complementar a abordagem cognitivo-comportamental em casos específicos, com o objetivo de minimizar os sintomas da síndrome de abstinência e facilitar a abordagem cognitivo-comportamental.
Algumas Secretarias Municipais de Saúde aderiram ao Programa Nacional de Controle do Tabagismo e Outros Fatores de Risco de Câncer e contam com equipe capacitada e especializada no tratamento do tabagismo.
Também existem algumas ONGs e grupos de ajuda-mútua que podem apoiá-lo na iniciativa de parar de fumar.
Você sabia?
➢ Que a fumaça do cigarro reúne, aproximadamente, 4,7 mil substâncias tóxicas diferentes e muitas delas são cancerígenas?
➢ Que o tabagismo está ligado a 50 tipos de doenças como câncer de pulmão, de boca e de faringe, além de problemas cardíacos?
➢ Que, no Brasil, 23 pessoas morrem por hora em virtude de doenças ligadas ao tabagismo?
➢ Que crianças com sete anos de idade nascidas de mães que fumaram 10 ou mais cigarros por dia durante a gestação apresentam atraso no aprendizado quando comparadas a outras crianças?
➢ Que várias Secretarias Municipais de Saúde oferecem Programa de Tratamento para Tabagistas?
O Decreto nº 2.018 / 1996 que regulamenta a Lei 9.294 do mesmo ano determina que nas repartições públicas federais somente será permitido fumar se houver áreas ao ar livre ou recinto destinado unicamente ao uso de produtos fumígenos.

Fonte: www.inca.gov.br/tabagismo
Pare de fumar Disque saúde: 0800 61 1997 -
Ligação gratuita com atendimento para todo o Brasil ao fumante e familiares.

Acesse: www.inca.gov.br/tabagismo - Passo a passo para deixar de fumar


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