domingo, 30 de outubro de 2011

# ANIMISMO

ESTUDO  SOBRE O ANIMISMO


CONCEITO



ANIMISMO - Animismo significa a intervenção da própria personalidade do médium nas comunicações mediúnicas, tendo neste caso manifestado apenas os seus próprios conhecimentos que se encontram latentes no inconsciente. Sendo assim, é comum que conhecimentos latentes, anormalidades emocionais ou psicológicas que estão gravadas na mente perispiritual aflorem para o organismo físico trazendo transtornos para a encarnação atual.

Alexandre Aksakof (Ripievka, 27 de maio de 1832 - São Petersburgo, 4 de janeiro de 1903), diplomata e conselheiro de Alexandre III, czar russo, doutorou-se em filosofia e se notabilizou na investigação e na análise dos fenômenos espíritas durante o século XIX.
Foi professor da Academia de Leipzig e fundador, em 1874, da revista Psychische Studien (Estudos Psíquicos), na Alemanha. Em 1891, lançou em Moscou a revista de estudos psíquicos Rebus, a primeira do gênero na Rússia.
Criou adeptos entre cientistas e filósofos de seu tempo, que, através de experiências feitas com médiuns famosos como Daniel Dunglas Home, levou a Rússia a formar a primeira comissão de caráter puramente científico para o estudo dos fenômenos espíritas. Para essa comissão, Aksakof mandou vir da França e da Inglaterra os médiuns que participariam das experiências. Como resultado, por haver fugido das condições pré-estabelecidas, tal comissão chegou a conclusões questionáveis, saindo como relatório conclusivo o livro "Dados para estabelecer um juízo sobre o Espiritismo", onde afirmava a falsidade dos fenômenos observados. Aksakof contestou a comissão com um outro livro intitulado: "Um momento de preocupação científica.
Sustentou longa polêmica e refutou as explicações materialistas do filósofo alemão Von Hartmann, discípulo de Schopenhauer, que atribuía todos os fenômenos espíritas a manifestações do inconsciente ou a charlatanismos.
Efetivou numerosas experiências e observações científicas com o concurso da médium italiana Eusapia Palladino, que serviram de fundamentação para sua obra mais importante: Animismo e Espiritismo assim como, ao estudar a mediunidade da médium inglêsa conhecida como Elizabeth d'Espérance, testemunhou um evento sobre o qual escreveu a obra "Um Caso de Desmaterialização".

                     Divaldo Franco- Conflitos e falta de estudo da MEDIUNIDADE


Dentro do conceito espírita, podemos definir animismo sobre dois prismas.


O primeiro


Martins Peralva:. Estudando a Mediunidade. (1987) FEB.


“Animismo é o fenômeno pelo qual a pessoa arroja ao passado os próprios sentimentos, de onde recolhe as impressões de que se vê possuída”,


O segundo


Richard Simonetti:. Mediunidade – Tudo o que você precisa saber


“É algo da alma do próprio médium interferindo no intercâmbio”.


Ambas as definições estão corretas, diferindo apenas no grau de interferência do espírito do médium.


Em ambos os casos, é importante lembrarmos que quando nos referimos à interferência, falamos de ação não voluntária, portanto não devemos confundir com mistificação onde há a intenção de enganar.


Esta interferência muitas vezes é tão sutil que se torna complexo o trabalho de distinguir a origem da comunicação. Isto se deve ao fato de que tanto encarnados quanto desencarnados “respiram” em semelhante ambiente evolutivo, pois se assim não fosse o intercâmbio entre os dois planos seria impossível.





No caso do animismo em médiuns principiantes, este fenômeno é natural e esperado, em face da pouca experiência dos mesmos, o estudo aliado à continuidade do trabalho no grupo fará com que o iniciante adquira mais segurança e controle de sua mediunidade, solucionando este obstáculo.

   Como pudemos verificar, não há razão para o preconceito quanto ao animismo, ele é uma manifestação espiritual autêntica e deve ser tratado como tal, cabendo, entretanto aos médiuns, superar o estágio do animismo, através do devotamento ao estudo, juntamente com o incessante esforço de disciplina moral, pois nenhum médium conseguirá realizar adequadamente o mandato mediúnico se perseverar na ignorância, na mistificação, no animismo e se olvidar o esforço próprio dirigido à sua ascensão espiritual.
     Lembremos que, embora no animismo não exista comunicação externa, ainda assim não deixa de ser um espírito que se comunica, e este está necessitando de auxílio, portanto cabe ao dirigente da reunião mediúnica usar de todo carinho fraterno para ajudar aquele espírito.
     Conforme nos relata André Luiz, na obra Nos domínios da Mediunidade:
    “Sem dúvida em tais momentos, é alguém que volta do pretérito a comunicar-se com o presente, porque, ao influxo das recordações penosas de que se vê assaltada, centraliza todos os seus recursos mnemônicos tão somente no ponto nevrálgico em que viciou o pensamento. ... para nós, é uma enferma espiritual, uma consciência torturada, exigindo amparo moral e cultural para a renovação íntima, única base sólida que lhe assegurará o reajustamento definitivo “.
   Também é preciso cuidado do doutrinador na hora de classificar uma comunicação de anímica, para está análise recorremos a Kardec no Livro dos Médiuns, capítulo XIX, questão 223 § 3 :
   "Como distinguir se o Espírito que responde é o do médium ou se é outro Espírito?
- Pela natureza das comunicações. 
 Estuda as circunstâncias e a linguagem e distinguirás".
     Normalmente o fator causador do animismo é a fixação mental, ou seja, pessoas, fatos, objetos ou situações nos quais fixamos nosso pensamento, devotando-lhes grande atenção, isto faz com que guardemos vínculos que podem perdurar durante longo tempo e gerar desequilíbrios que precisam ser sanados e fazem com que o espírito do médium - assim como qualquer outro espírito em desarmonia - precise de ajuda e recorra aos grupos mediúnicos quando tem a oportunidade.
Exemplos de fenômenos anímicos
1) Telepatia ( transmissão/recepção de pensamento à distância );
2) Clarividência e clariaudiência (visão e audição sem o concurso dos olhos ou ouvidos, mesmo à distância e através de corpos opacos);
3) Ação sobre a matéria, à distância e sem contato aparente ( como na movimentação de objetos ou modificação de substâncias );
4) Ideoplastia (projeção de imagens e até sua “materialização”);
5) Bicorporeidade (quando o perispírito, em desdobramento, se torna visível e, algumas vezes, tangível).
Esses e outros fenômenos são anímicos, desde que na sua produção não intervenham outros espíritos, só o do próprio encarnado.
CORRELACIONAMENTO ENTRE ESPIRITISMO E ANIMISMO
     O fenômeno anímico na esfera de atividades espíritas significa a intervenção da própria personalidade do médium nas comunicações dos espíritos desencarnados, quando ele impõe nelas algo de si mesmo à conta de mensagens transmitidas além-túmulo.
     Essa interferência anímica inconsciente, por vezes, é tão sutil que o médium é incapaz de perceber quando o seu pensamento intervém ou quando é o Espírito comunicante que transmite suas idéias pelo contato perispiritual.Não podemos confundir o animismo com a “mistificação”, ou seja, a deliberação consciente de enganar, resultada da má intenção.
     A criatura anímica, quando em transe pode também revelar o seu temperamento psicológico, as suas alegrias ou aflições, suas manhas ou venturas, seus sonhos ou derrotas.
     Se esta manifestação anímica é assinalada por cenas dolorosas, fatos trágicos ou detestáveis, então trata-se de médium desajustado ou doente que necessita mais de amparo e orientação espiritual POR PARTE DA DIRETORIA  DOUTRINÁRIA DA CASA ESPÍRITA, SENDO ATENDIDO PELO ATENDIMENTO FRATERNO PARA REVER SUAS QUESTÕES EXISTENCIAS E RETORNAR MAIS FORTALECIDO PARA A TAREFA MEDIÚNICA.
            Animismo e mediunidade
Dificilmente conseguiremos isolar o animismo da mediunidade, no fenômeno mediúnico, porque:

1) São as próprias faculdades anímicas dos médiuns que os fazem instrumento para as manifestações dos espíritos;
2) Nem sempre podemos definir com exatidão quando o fenômeno está ou não sendo provocado ou coadjuvado por espíritos.
Dessa íntima relação entre Animismo e Espiritismo, diz Bozzano que:
“Nem um, nem outro logra, separadamente, explicar o conjunto dos fenômenos supranormais, ambos são indispensáveis a tal fim e não podem separar-se, pois que são efeitos de uma causa única e esta causa única é o espírito humano que, quando se manifesta, em momentos fugazes durante a encarnação, determina os fenômenos anímicos e quando se manifesta mediunicamente, durante a existência desencarnada, determina os fenômenos “espiríticos”.
  IMPORTÂNCIA DO ESTUDO

   Só há um caminho para qualquer médium lograr o melhor êxito no seu trabalho mediúnico:É o estudo incessante aliado à disciplina moral superior.
   Nenhum médium ignorante, fantasioso ou anímico transformar-se-á em um instrumento sensato, inteligente e arguto, se não o fizer pelo estudo ou próprio esforço de ascensão espiritual .


OBSESSÃO NO ANIMISMO

Multiformes processos de obsessão acontecem nos quais Inteligências desencarnadas de grande poder senhoreiam vítimas inabilitadas à defensiva, detendo-as, por tempo indeterminado, em certos tipos de recordação, segundo as dívidas cármicas a que se acham presas.
Freqüentemente, pessoas encarnadas, nessa modalidade de provação regeneradora, são encontráveis nas reuniões mediúnicas, mergulhadas nos mais complexos estados emotivos, quais se personificassem entidades outras, quando, na realidade, exprimem a si mesmas, a emergirem da subconsciência nos trajes mentais em que se externavam noutras épocas, sob o fascínio constante dos desencarnados que as subjugam." André Luiz ( 1959)
A presença do diretor da reunião mediúnica com sua palavra amiga, e bom senso, tem o dever de intervir junto a estes casos, para que o bom andamento da tarefa mediúnica transcorra em seu propósito de estabelecer a saúde espiritual de todo o grupo de trabalho, encarnados e desencarnados.
A RESPONSABILIDADE MEDIÚNICO SEMPRE NOS CONVIDA A SEARA DO MESTRE , MAS MUITOS DE NÓS ADIAMOS PARA AMANHÃ...MAS SERÁ QUE NÓS ESTAMOS ATENDEMOS A ESTE CONVITE NO PODER DO AGORA E DEIXANDO PARA TRÁS A ACOMODAÇÃO ?

O médium inclinado ao animismo é um vaso defeituoso, que «pode ser consertado e restituído ao serviço», pela compreensão do dirigente, ou destruído, pela sua incompreensão.

Reajustado, pacientemente, com os recursos da caridade evangélica, pode transformar-se em valioso companheiro.
Incompreendido, pode ser vitimado pela obsessão.

"Se você tem estado angustiado sem motivo
aparente, está aí um aviso para parar e refletir sobre o seu estilo de vida.
Escute a sua alma: ela tem a orientação sobre qual caminho seguir.
Tudo na vida é um convite para o avanço e a conquista de valores, na harmonia e na glória do bem."
                                           
                                      ( Roberto Shinyashiki)

 Jane

  • BIBLIOGRAFIA
  • 1) O Livro os Médiuns, 2ª Parte
  • VII – Da Bicorporeidade e da transfiguração (119)
  • XIX – Do Papel dos Médiuns nas Comunicações Espíritas ( 223, 1ª a 5ª)
  • 2) O Livro dos Espíritos, Introdução, XVI, § 3º: Se todos os fenômenos promanassem do médium seriam todos idênticos
  • P.372: “há, porém, casos em que a matéria oferece tal resistência que as manifestações anímicas ficam obstadas ou desnaturadas, como nos de idiotismo e de loucura.”
  • 3) Alexandre Aksakof: Animismo e Espiritismo – IV
  • 4) André Luiz ( F.C. X): Mecanismo da Mediunidade, Cap. XXIII: Nos Domínios da Mediunidade, Cap. 22.
  • 5) Demétrio Pável Bastos: “Médium, Quem é, Quem não é” – Inst. Maria, Juiz de Fora , MG;
  • 6) E. Manso Vieira e B. Godoy Paiva: Manual do Dirigente de Sessões Espíritas.
  • 7) Ernesto Bozzano: Animismo ou Espiritismo ? I, IV;
  • 8) Hermínio C. Miranda: A Diversidade dos Carismas. Vol. I, Caps. III e IV; Vol. II – Cap. I, item 4 e 5;
  • 9) João Teixeira de Paula: Dicionário de Parapsicologia, Metapsíquica e Espiritismo – Verbetes Anímicos, Animismo, Metapsíquica, Personificação;
  • 10) Lamartine Palhano Júnior : A Mediunidade no Centro Espírita – GERA – Grup.Esp. “Leôncio de Albuquerque”, Niterói, RJ;
  • 11) M. B. Tamassia: Você e a Mediunidade.
  • 12) Martins Peralva: Estudando a Mediunidade – XXXVI;

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

# Vaga-lume e a serpente




O vaga-lume e a serpente‏

   Conta a lenda que uma vez uma serpente começou a perseguir um vaga-lume.Este fugia rápido da feroz predadora, e a serpente não desistia.

Primeiro dia, ela o seguia.

Segundo dia,ela o seguia...
No terceiro dia, já sem forças, o vaga-lume parou e falou à serpente:
                       -Posso te fazer três perguntas?
 Não estou acostumada a dar este precedente a ninguém. Porém, como vou te devorar, podes perguntar , contestou a serpente.


-
Pertenço à tua cadeia alimentar? 
- Não, respondeu a serpente.
-
Eu te fiz algum mal?
- Não. - Tornou a responder a serpente.
-
Então por que queres acabar comigo?
- Porque não suporto ver-te brilhar!


   As vezes o pouco brilho que ainda temos causa inquietude no Outro, mas mesmo assim vamos seguindo adiante na certeza de que a nossa luz tem que brilhar na harmonia do amor, na vibração do criador, e o Outro um dia entenderá que perdeu tempo correndo atrás do vaga-lume.
O importante é sempre deixarmos brilhar a nossa luz interior intensamente no diapasão do bem, da cordialidade  e da fraternidade.



quinta-feira, 27 de outubro de 2011

# O que é Literatura de Cordel?

O que é Literatura de Cordel?


Texto de:
Francisco Diniz

Literatura de Cordel
É poesia popular,
É história contada em versos
Em estrofes a rimar,
Escrita em papel comum
Feita pra ler ou cantar.

A capa é em xilogravura,
Trabalho de artesão,
Que esculpe em madeira
Um desenho com ponção
Preparando a matriz
Pra fazer reprodução.

Mas pode ser um desenho,
Uma foto, uma pintura,
Cujo título, bem à mostra,
Resume a escritura.
É uma bela tradição,
Que exprime nossa cultura.

7 sílabas poéticas,
Cada verso deve ter
Pra ficar certo, bonito
E a métrica obedecer,
Pra evitar o pé quebrado
E a tradição manter.

Os folhetos de cordel,
Nas feiras eram vendidos,
Pendurados num cordão
Falando do acontecido,
De amor, luta e mistério,
De fé e do desassistido.

A minha literatura
De cordel é reflexão
Sobre a questão social
E orienta o cidadão
A valorizar a cultura
E também a educação.

Mas trata de outros temas:
Da luta do bem contra o mal,
Da crença do nosso povo,
Do hilário, coisa e tal
E você acha nas bancas
Por apenas um real.

O cordel é uma expressão
Da autêntica poesia
Do povo da minha terra
Que luta pra que um dia
Acabem a fome e miséria,
Haja paz e harmonia.

                           Resumindo:

    A Literatura de Cordel é, como qualquer outra forma artística, uma manifestação cultural. Por meio da escrita são transmitidas as cantigas, os poemas e as histórias do povo — pelo próprio povo.

  O nome de Cordel teve origem em Portugal, onde os livretos, antigamente, eram expostos em barbantes, como roupas no varal.

                      Origens da literatura de cordel

As primeiras manifestações da literatura popular no ocidente ocorreram por volta do século XII. Peregrinos encontravam-se no sul da França, em direção à Palestina; no norte da Itália, para chegar à Roma; e ainda na Galícia, no santuário de Santiago.

Nesses encontros eram transmitidas as histórias e compostos os primeiros versos, de forma muito primitiva.
O que interessa para nós é que foi dessa forma que surgiram os primeiros núcleos de cultura regional que espalharam-se pela Europa e, posteriormente, pela América.

                    A literatura de cordel no Brasil

    Devido ao atraso da chegada da imprensa por aqui e seu acesso pelo público, as produções literárias de populares tiveram seu apogeu apenas no século XX.
  Nossa literatura de cordel é caracterizada, principalmente, pela poesia popular. A prosa aparece muito mais na forma oral, que passa de geração para geração.
   São escritos em forma rimada e alguns poemas são ilustrados com xilogravuras, o mesmo estilo de gravura usado nas capas. As estrofes mais comuns são as de dez, oito ou seis versos. Os autores, ou cordelistas, recitam esses versos de forma melodiosa e cadenciada, acompanhados de viola.

Exemplos de xilogravuras:




Verso de cinco sílabas

  Já a parcela de cinco sílabas é mais recente, e não há registro de sua presença antes de Firmino Teixeira do Amaral, cunhado de Aderaldo Ferreira de Araújo, o Cego Aderaldo. A parcela de cinco sílabas era cantada também em ritmo acelerado, exigindo do repentista, grande rapidez de raciocínio. Na peleja do Cego Aderaldo com Zé Pretinho do Tucum, da autoria de Firmino Teixeira do Amaral, encontramos estas estrofes:

Pretinho:
no sertão eu peguei
um cego malcriado
danei-lhe o machado
caiu, eu sangrei
o couro tirei
em regra de escala
espichei numa sala
puxei para um beco
depois dele seco
fiz dele uma mala

Cego:
Negro, és monturo
Molambo rasgado
Cachimbo apagado
Recanto de muro
Negro sem futuro
Perna de tição
Boca de porão
Beiço de gamela
Venta de moela
Moleque ladrão



# Combate a DENGUE - Uma questão de educação de base.






    Esse vírus está presente no Brasil desde 1982 na forma benigna, mas a partir de 1990 têm sido registrados alguns casos de dengue hemorrágica, que pode levar à morte.

   No Brasil, o agente transmissor da dengue é o Aedes aegypti , um mosquito pequeno, delgado e escuro, que possui hábitos diurnos e vive dentro ou nas proximidades das habitações urbanas. Sua reprodução ocorre em locais de água parada, como lagos, poças de água e água contida em garrafas, vasos, pneus velhos jogados em quintais.
     E como foi que estas doenças chegaram ao Brasil?
   Para o Professor Carlos Fernando Andrade:
No Brasil, a febre amarela fazia também as suas vítimas. Na cidade de Campinas, por exemplo, em cinco epidemias entre 1889 e 1897 morreram cerca de 2.500 pessoas (6% da população) e outras tantas fugiram transformando Campinas numa cidade-fantasma.
Em 1899 chegava de Paris, depois de trabalhar 4 anos no Instituto Pasteur, o jovem médico Dr. Oswaldo Cruz. Ele foi nomeado em 23 de março de 1903 Diretor-Geral do Departamento Nacional de Saúde Pública, na capital do Brasil, que era o Rio de Janeiro. Ao lado de outros grandes médicos da época, como Pereira Barreto, Emílio Ribas e Adolfo Lutz repetiu os experimentos dos cubanos e já em 5 de maio do mesmo ano baixou as seguintes instruções de profilaxia:
• Expurgo (inseticida) para combate ao inseto alado;
 • Extinção periódica antilarvária em todos os possíveis criadouros de mosquito;
 • Isolamento rigoroso do doente em ambiente protegido por telas metálicas;
 • Vigilância sanitária dos comunicantes (os que estavam doentes)
    Pela imprensa, foram distribuídas advertências na forma de "Conselhos ao Povo" . E note que já é mencionado naquela época a importância do controle biológico com o uso do peixe barrigudinho e a colaboração da comunidade.
    Na verdade, existem dois tipos de ciclos de transmissão da Febre Amarela nas Américas: o silvático e o urbano. No ciclo silvático o vírus circula entre macacos e mosquitos que vivem na floresta. O ser humano é infectado quando entra na floresta e é picado por mosquitos infectados. No ciclo urbano, o vírus é transmitido de por seres humanos para seres humanos.

Há registro de dengue no Brasil desde meados do século XIX, em l846, com epidemias   no Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador que duraram dois anos.
      No estado de São Paulo também houve epidemia no início do século XX, em 1916. Foi confundida com uma gripe forte e na ocasião ficou conhecida por urucubaca. No Rio de Janeiro na década de 20 havia 700.000 habitantes. Para combater o Ae. aegypti, Oswaldo Cruz mobilizou 5.000 homens na sua brigada mata-mosquitos, incluindo soldados do exército e até prisioneiros.

Os Vários tipos de vírus no BRASIL

A maior epidemia de dengue no Brasil ocorreu a partir de abril de l986, no Rio de Janeiro, causada por pelo vírus da dengue do tipo 1 (DEN-1, ou sorotipo I) com mais de 500 mil casos notificados e mais de l00 mil casos clínicos. E durou mais de um ano. A situação se agravou neste estado com a introdução do vírus da dengue tipo 2 em l990, e o conseqüente surgimento da dengue hemorrágica com 177 casos e 3 óbitos notificados naquele ano, seguidos por 700 casos no ano seguinte. A grande epidemia se estendeu a outros estados, como Ceará e Alagoas, com casos também na Bahia, Minas Gerais, Pernambuco, São Paulo e Mato Grosso do Sul. A dengue clássica e dengue hemorrágica têm ocorrido muito freqüentemente no Rio de Janeiro, com muitas mortes.
     De 1986 a 1990, circulou no país o DEN-1. Em l990 o DEN-2 foi diagnosticado no Rio de Janeiro e em 1998 os jornais noticiaram uma vítima com a dengue tipo III no município de Limeira, próximo Campinas. Esta pessoa havia retornado de uma viagem à Nicarágua há pouco tempo.
     Assim, circulou com freqüência no Brasil desde 1982, os vírus sorotipos I e IV em Roraima, os sorotipos I e II no Rio de Janeiro, o II em Tocantins e o sorotipo I nos demais estados.
     De 1994 até dezembro de 1996 houve um aumento de 176% no número de casos de dengue no país. Em 1997, dos 26 estados brasileiros, 14 estavam sob ameaça de epidemias de dengue hemorrágica (Jornal Folha de São Paulo - 01/02/1997).
     No Brasil, em 1996, foram mais de 179 mil casos (71% dos casos das Américas). Em 1997 foram mais de 254 mil casos. Em 1998 foram mais de 230 mil casos só nos primeiros 4 meses, e apenas 4 dos estados brasileiros não registraram casos.
     Em 2007 tivemos cerca de 300 mil casos de dengue clássico notificado no Brasil. Um aumento de 40% na ocorrência da doença, em relação ao mesmo período no ano de 2006. Uma das razões para esse aumento, foi a circulação do vírus DEN-3 em áreas onde ainda não circulava, sobretudo na região Centro-Oeste (80 mil casos em Campo Grande, MS).
     Tem ocorrido também uma mudança na faixa etária atingida pela doença. Até 2002 ocorria com maior expressão em pessoas acima de 15 anos. A partir de 2005, a dengue tem atingido mais freqüentemente crianças!
Estatísticas no Brasil

    A dengue é responsável por cerca de 100 milhões de casos/ano e põe em risco uma população de cerca de 2,5 a 3 bilhões de pessoas. A doença apresenta taxa de mortalidade de 10% para pacientes hospitalizados e de 30% para pacientes não tratados. A dengue é endêmica de regiões tropicais como o sudeste asiático, sul do Pacífico, África Oriental, Caribe e América Latina.
    No Brasil, a região Sudeste é a que registra o maior número de casos de dengue por ano, as demais regiões, por ordem de incidência de casos de dengue sã Nordeste, Centro-Oeste, Sul e Norte. Segundo o Ministério da Saúde, em 2006 foram registrados quase 280 mil casos de dengue no Brasil, o equivalente a 1 caso (não fatal) a cada 30 km², indicando um crescimento de 26,3% em relação a 2005. Em 2008, o Rio de Janeiro passou por um grave surto de dengue dos tipos 1 e 2. Em 2009, a maioria dos casos localizou-se na Bahia.O ano de 2009, em comparação ao de 2008, teve uma redução de 50% nos casos de dengue no país e campanhas para 2010 estão sendo lançadas para reduzir ainda mais a incidência da doença.
   O governo registrou que a Ilha do Governador no Estado do Rio de Janeiro, tem o maior índice de infestação de mosquitos Aedes aegypti. A região tem índice médio de 4%, mas há locais como Freguesia e Jardim Guanabara com 19% e 10%, respectivamente. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o índice máximo considerado seguro é de 1%. Ou seja, em cada grupo de 100 imóveis, o recomendável é que até um tenha pelo menos um foco do Aedes.

Fonte: Ministério da Saúde/2010

De acordo com dados do Ministério da Saúde, dez Estados brasileiros apresentam risco muito alto de sofrerem com epidemia de dengue. O Rio Grande do Sul tem risco em uma área concentrada no centro do Estado.

Os principais sintomas da dengue são:

febre alta, muitas vezes chegando aos 39 graus; dor de cabeça, dor nos olhos e nos músculos;manchas vermelhas em todo o corpo e em alguns casos ocorre sangramento da gengiva ou do nariz;perda de apetite e indisposição;
Mesmo que não exista um remédio contra a dengue é muito importante procurar um médico quando perceber os sintomas!
 Antes de virar um mosquito, o Aedes aegypti é uma larva que gosta de ficar na água parada.As larvas deste mosquito podem permanecer vivas durante um ano até que encontrem condições favoráveis para que possa virar um mosquito. É por isso que devemos prestar bastante atenção nas dicas para combater a dengue que são elas:

#o lixo deve ficar o tempo todo fechado;
#coloque terra ou areia nos pratos das plantas; esvazie as garrafas velhas;
#verifique pneus velhos e qualquer tipo de objeto que possa acumular água.


 Precisamos fazer a nossa parte , educação é a base de tudo.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

# Fábula da borboleta


   Um dia, uma pequena abertura apareceu em um casulo. Um homem sentou e observou a borboleta por várias horas...

... Como ela se esforçava para fazer com que seu corpo passasse através daquele pequeno buraco. Então, pareceu que ela havia parado de fazer qualquer progresso.Parecia que ela tinha ido o mais longe que podia, e não conseguia ir mais.
   O homem decidiu ajudar a borboleta:   Pegou uma tesoura e cortou o restante do casulo.A borboleta então saiu facilmente.     Mas seu corpo estava murcho, era pequeno, e tinha as asas amassadas.O homem continuou a observar a borboleta porque ele esperava que, a qualquer momento, as asas dela se abrissem e esticassem para serem capazes de suportar o corpo que iria se afirmar com o tempo.
Nada aconteceu...
Na verdade, a borboleta passou o resto da sua vida rastejando com um corpo murcho e asas encolhidas. Ela nunca foi capaz de voar. O que o homem, em sua gentileza e vontade de ajudar não compreendia, era que o casulo apertado e o esforço necessário à borboleta para passar através da pequena abertura era o modo com que Deus fazia para que o fluído do corpo da borboleta fosse para as suas asas, de modo que ela estivesse pronta para voar, livre do casulo.
Algumas vezes, o esforço é justamente o que precisamos em nossas vidas.
Se Deus nos permitisse passar através de nossas vidas sem quaisquer obstáculos, Ele nos deixaria aleijados.
Nós não iríamos ser tão fortes como poderíamos ter sido.Nós nunca poderíamos voar...




Lembre-se!!!! Você pediu forças... e Deus te deu dificuldades para te fazer forte. 
Você pediu sabedoria... e Deus te deu problemas para resolver.
Você pediu prosperidade... e Deus te deu cérebro e músculos para trabalhar.
Você pediu coragem... e Deus te deu perigos para enfrentar.
Você pediu amor... e Deus te deu pessoas com problemas para ajudar.
Você pediu Favores... e Deus te deu Oportunidades.
Você não recebeu nada do que pediu...Mas você recebeu tudo de que precisava.

Gifs animados Borboleta e flor
Fonte: circulante na internet