quinta-feira, 26 de abril de 2012

# Poesia - Mar Alto

Mar alto


Ondas que vi
mares que nunca vi
oásis que sempre sonhei
muito ao longe imaginei

Como são azuis os dias da infância,
risos, gritos, brincar de roda
roda a rua, brilha a pedra, quanta inocência,
mas o mar eu não vi.

Escondi este tom na gaveta dos brinquedos,
pulei do arco-iris e não percebi que podia brincar de colorir.
Quando vi já gritavam acorda !

Os risos hoje poucos,
as pedras , as folhas em branco,  fizeram o edifício de mim mesma, talvez com  poucas janelas,
mas o jardim  é grande,acolhe os pássaros, canta sabiás, nasce a rosa, é  esperança.

Mas o mar este eu não vi.
O mar da plenitude,
A onda do amor
O vento que acalenta
A areia que edifica
O mar que vivifica
Este eu não vi.

Mas eu sei que estes obstáculos
Que não deixam eu ver o mar, são passageiros.

São sinais de caminhos melhores,
marés em movimento forte
sacode o barco apontando terra firme.

Tempestades íntimas
Oportunidades de aprender a servir e amar o mar