terça-feira, 22 de dezembro de 2015

#Remendar -Colcha de retalhos - POESIA

Colcha de Retalhos

Colcha de Retalhos assim chamamos,
A vida é um conjuntos de retalhos
Cada um conta sua historia 
Quantos emendas costuramos ao meio do caminho
Quantas vezes temos que desfazer aquela costura
Quantos retalhos falta para finalizar aquela emenda
Que toca a alma difícil imaginar se não começamos
tudo de novo, cada um costurando ao meio do caminho
como uma colcha de retalhos, uns capricha outros emenda 
Quantos tecidos precisamos terminar nossa colcha?
Quanta cor usará?
As cores escuras o preto é fidelidades um compromisso
As cores alegres sua alegria 
As cores neutra seu silencio 
O vermelho sua paixão!
O branco sua liberdade 
Cada quadrado um ano...
Quantos quadrados precisamos usar? 
Essa ilusão que preenche nosso ser!
Costuramos fio a afio linha a linha cada mudança de nosso ser
muda as cores são tantas obrigações ligadas no pedaço de pano
cada tecido costurados é uma missão de vivências numa colcha 
de retalhos.


De: Ana S. Manso

domingo, 20 de dezembro de 2015

#Mistério dos Pássaros

Restos, cacos
Ninguém escuta, o olhar perdido
Homens que passam
Dores que se encontram
Estrelas dizem que iluminam
Homens  dizem que querem paz
Vivem a guerra
Ah! Inocente coração !

Amor que sangra
Sangue que não seca
Ninguém, oculta mais as lágrimas
O grito de dor é confesso
A alegria se esconde no canto dos lábios,
Seguir a diante é a meta
Mas como se atrás sorrisos congelaram ?
Caminhos  indicam notas musicais a seguir, que se ordenam em sinfonias que nos garantem a paz.
Qual a melhor música,?
Despertar a consciência para expandir do barulho de uma  nota só de arrogância,   ao silêncio interior.

Quero as quatro estações ! 

Ah! Um recanto de paz !
Uma notícia doce na melodia do telejornal.
Parece tão distante esta voz. Só ouço ruídos como pano de fundo de estilhaçar de balas, bombas, choros, rostos tristes , retirantes cobertos por andrajos, cidadãos do mundo, constrangidos a territorialidade que o poder limita .
Insensatez.

Os olhos suplicam aos céus, por sonhos de felicidade.
Uma brisa suave, um vento perfumado por sândalo dos jardins do céu.
O pão é repartido,
A mãe abraça o filho,
Encontro na ancestral roda  a rodopiar ante os pássaros  que assistem o arco- íris que nos revelam  o grande mistério :

A luz refratando  a  chuva que  goteja,  revela cores diferentes  como um  estojo de aquarela, oferece  espaço e  luz  para que a cor da outra apareça a partir da sua, dando colorido ao céu , antes tão cinzento.

Quem melhor que os pássaros para ensinar este milagre da natureza ?

Momento de beleza , e de  cantar o maior dos cantos.

Silêncio.

Jane