sexta-feira, 3 de julho de 2009

CIÊNCIA FILOSOFIA E RELIGIÃO - O CAMINHO PARA UM MUNDO HOLÍSTICO

 



Monges tibetanos estudam ciência a pedido de Dalai Lama
 Breve resumo da REPORTAGEM DO NEW YORK TIMES , EM 02 de julho de 2009


   " Monges e monjas tibetanos passam suas vidas estudando o mundo íntimo da mente, e não o mundo físico da matéria
Mas, por um mês no trimestre passado, um grupo de 91 deles se dedicou ao estudo do reino corpóreo da ciência.
   Em lugar de analisarem textos budistas sobre o karma e o vazio, os monges aprenderam sobre a lei do movimento acelerado de Galileu, cromossomos, neurônios e o Big Bang, entre outros tópicos muito diversificados.
    Muitos dos integrantes do grupo, formado por pessoas dos 20 aos 40 e tantos anos, jamais haviam aprendido ciência e matemática. Nos mosteiros budistas do Tibete, o currículo se mantêm inalterado e inconteste há séculos.
   Mas os monges transformaram as aulas, que aconteciam em período integral, numa forma de experiência prática.
   No campus de uma faculdade budista aqui em Dharamsala, Índia, o lar do Dalai Lama no exílio, monges e monjas em seus roupões carmesim conduziram experiências com pêndulos, recolheram plantas nos sopés das montanhas do Himalaia para aprender sobre a seleção natural e inclinaram suas cabeças calvas por sobre os microscópios para observar um mundo que lhes era desconhecido.
   Os monges e monjas tibetanos passam 12 horas ao dia estudando filosofia e lógica budista, recitando orações e debatendo textos religiosos.


   Mas a ciência vem sendo objeto de uma campanha especial de estímulo iniciada pelo Dalai Lama, que há muito vem advogando a adoção de métodos modernos de educação nos mosteiros e escolas tibetanos no exílio, sem que isso implique em abandonar as tradições tibetanas.
   A ciência pode parecer contraditória com relação aos rituais religiosos tibetanos. A reencarnação de altos sacerdotes tibetanos é identificada por meio de sonhos e augúrios.
    Mas o líder espiritual tibetano considera que ciência e budismo sejam "abordagens investigativas" complementares, ambas "dirigidas ao mesmo grande objetivo, a busca pela verdade", como escreveu o líder religioso em "The Universe in a Single Atom" o universo em um único átomo, seu livro sobre "como a ciência e a espiritualidade podem servir ao mundo".


    O Dalai Lama enfatiza que a ciência é especialmente importante para os religiosos que estudam a natureza da mente e o relacionamento entre cérebro e mente.
    A resistência inicial de alguns monges importantes e o medo de diluição dos estudos tradicionais nos mosteiros se reduziram gradualmente. Agora, o Dalai Lama espera que, com a ajuda da Universidade Emory e de outros programas, a ciência se torne parte de um novo currículo, que incluirá livros científicos em tibetano e tradutores especializados, para resultar em uma geração de líderes religiosos com uma boa fundação de conhecimento científico."Caso nos mantenhamos isolados, desapareceremos", disse Lhakdor, diretor da Biblioteca de Obras e Arquivos Tibetanos, em Dharamsala. O Dalai Lama mesmo declarou em muitas ocasiões que o isolamento com relação ao mundo foi um fator que facilitou a queda do Tibete diante da agressão chinesa.
   A Iniciativa Emory de Ciência para o Tibete, que responde pelos cursos que estão sendo realizadas agora, está em seu segundo ano. Ela foi precedida por um programa conhecido como "Ciência para Monges", criado em 2001 com o apoio de Bobby Sager, um filantropo de Boston. A pedido do Dalai Lama, o programa anterior trouxe professores de ciências de diversas universidades norte-americanas para lecionar a monges tibetanos na Índia.
   O programa original de ciência para monges se transformou em um seminário anual de liderança científica com duas semanas de duração, dirigido a estudantes avançados que desfrutam todos do título "geshe", o equivalente a um doutorado para os religiosos tibetanos. Este ano, o evento culminou com a primeira "feira de ciências" já realizada em Dharamsala, entre os dias 22 e 24 de junho.
    Os monges fizeram apresentações sobre ondas sonoras, as origens do universo e a forma pela qual o cérebro trabalha. A Universidade Emory projeta o curso de verão como um programa de cinco anos, com aulas gradativamente mais avançadas, nos anos posteriores, para os novos estudantes.
   Um terceiro programa, conhecido como "o encontro entre a ciência e o dharma", desde 2002 envia alunos de pós-graduação de universidades europeias para os mosteiros tibetanos na Índia, onde eles lecionam ciência básica. Quando alguns dos monges se matriculam nos programas científicos mais avançados, eles já passaram por alguns anos de instrução científica."


  Há muitos anos a proposta da Doutrina Espírita é esta : Unirmos os conceitos da ciência, da filosofia e da religião para que o homem ache o seu ponto de equilíbrio dentro das Leis de Deus.


   Dalai Lama , como emissário da paz, deixa mais uma vez a marca de sua missão aqui na Terra- Unir os homens pela busca da paz , do amor,da felicidade e do conhecimento.


 Jane

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