segunda-feira, 25 de maio de 2020

#O CAMPO NO OUTONO- POEMA CHINÊS

 Ganhei  um livro de POEMAS CHINESES de meu filho  este mês e adorei!  COMPARTILHO COM VOCÊS.
Papel de parede : China, agua, natureza, vermelho, reflexão, ramo ...


OUTONO. O CAMPO.
murcha A CADA DIA.
DE ÁGUAS FRIAS.
o RIO ENTRE O VERDE DAS MONTANHAS.
AMARREI MEU JUNCO.
perto DE UM POVOADO DE BÁRBAROS
e ESCOLHI UMA CASA
na ALDEIA DE CHU.
AS JUJUBAS ESTÃO MADURAS,
quem QUISER PODE SACUDIR O PÉ E PEGÁ-LAS.
OS GIRASSÓIS ESTÃO SECOS,
eu MESMO VOU COLHÊ-LOS.
A COMIDA NO MEU PRATO,
(VELHO QUE SOU)
reparto COM OS PEIXES DO RIO.

POEMAS CLÁSSICOS CHINESES - LI BAI, DU FU, WANG WEI

domingo, 24 de maio de 2020

#O Mundo Atual -JOANNA DE ÂNGELIS

ARTE :Pawel Kuczynski
     De um lado, a riqueza cultural e intelectual, as conquistas valiosas da ciência e da tecnologia que modificaram totalmente a face do Planeta, ampliando os horizontes cósmicos e os tornando compreensíveis ao pensamento, enquanto que pandemias terríveis vêm sendo varridas do orbe lentamente.
     A contribuição inestimável das vacinas, a relativa e lúcida facilidade de diagnóstico de muitas enfermidades, os produtos farmacêuticos de extraordinário valor, as medidas preventivas a muitos males, a vigência de hábitos alimentares saudáveis, de exercícios físicos e contato com a natureza, os notáveis recursos cirúrgicos, os de transplantes de órgãos e de próteses constituem bênçãos jamais sonhadas antes, tornando a existência humana mais amena e saudável.
     As ciências psicológicas facultam a compreensão dos conflitos humanos e dos transtornos que se ampliam com altos índices de depressão, de loucura, de desvios de comportamento...
Sob outro aspecto, porém, os valores ético-morais, imprescindíveis ao equilíbrio mente-corpo, demonstram que a evolução espiritual tem sido menos ampla do que aquela de natureza intelectual.
    Simultaneamente, o espectro da fome, da miséria sob diferentes aspectos, a drogadição, a volúpia do prazer exacerbado, como se a função do corpo fosse direcionada apenas para o gozo, as fugas espetaculares para os vícios de toda ordem e a violência perversa dominam as criaturas que, aturdidas, não sabem qual rumo a seguir.
      Valiosos estudiosos do comportamento e da economia apelam para o comedimento, para a liberdade responsável, enquanto outros, que se encontram alucinados, proclamam a necessidade da liberação do aborto, da eutanásia, da discriminação da maconha e de outras substâncias alucinógenas com excessiva liberdade para os seus usuários, sem a preocupação de educá-los preventivamente ou de tratá-los após o tombo nas suas armadilhas soezes.
    Mulheres e homens infelizes proclamam a excelência do suicídio ante os insucessos, as doenças incuráveis, os problemas afligentes, as situações embaraçosas, exteriorizando os tormentos que os caracterizam e que desejam transformar em condutas normais...
    Uma onda de desespero cresce no mundo ante expectativas dolorosas em relação às culturas religiosas do Oriente assim como as do Ocidente e vice-versa, ao mesmo tempo, em um período em que os direitos humanos são proclamados e reconhecidos, o fanatismo de diversas condutas e o radicalismo ameaçam a paz entre os povos dominados pelas paixões primitivas disfarçadas de civilização...
    Há, em toda parte, a busca desenfreada por algo que complete o ser, facultando-lhe as fugas terríveis para os esportes radicais, para as experiências aberrantes, para as condutas extravagantes, para a formação de tribos e de clãs agressivos que facilitam a vigência do ódio e da crueldade, em uma época em que os mesmos já deveriam ter sido substituídos pela compreensão, pela fraternidade, pela compaixão...
     Infelizmente, não tem havido lugar na sociedade imediatista para o amor e a paz, para os ideais de enobrecimento e de solidariedade que não encontram espaço na grande mídia, conforme desfrutam a sexolatria, os crimes hediondos e as futilidades rotuladas de condutas ideais.
    A família, desagregada, cede lugar a um grupamento de pessoas vinculadas pela consanguinidade e separadas pelos sentimentos de amizade e de dever, facultando os desvios para os sites e blogs da convivência virtual que facilitam o intercâmbio doentio e cruel, com psicopatas e atormentados, que se ocultam atrás da tela dos computadores, assim como de outros instrumentos de comunicação do mesmo gênero...
    Em consequência, a deserção moral é volumosa e profundamente lamentável, permitindo todos os tipos de condutas desastradas com graves prejuízos para o indivíduo em si mesmo e para a sociedade em geral.
    Há abundância de conforto e de diversões para alguns e escassez absoluta de quase tudo para a maioria das criaturas terrestres.
     São inevitáveis as interrogações: Que se fazer ante tantos paradoxos? Como se viver corretamente sem alienação? Existe alguma diretriz para o encontro com o equilíbrio e a harmonia interior?
    A resposta é simples e talvez contundente: A diretriz e a conduta a se vivenciar podem ser enunciadas no conceito: evitar-se o mal ou dele libertar-se, caso já se lhe encontre instalado.
   Pensando na grande problemática referida acima em alguns dos seus mais graves aspectos elaboramos, ao longo dos últimos meses, estudos espíritas em torno de trinta temas, convidando os interessados à conquista da paz, da saúde e da alegria de viver, à luta pela própria felicidade.
    Baseando-nos nas vigorosas lições de Jesus e nas sábias diretrizes do Espiritismo, procuramos atualizar os seus conteúdos em linguagem própria para estes dias, oferecendo sugestões oportunas e fáceis para a conquista da harmonia pessoal e para a cooperação com as demais pessoas.
     Reconhecemos não trazerem estas páginas novidades muito do agrado de grande número de leitores, mas sabemos que um dos requisitos essenciais para a aprendizagem é a metodologia da repetição, a fim de que se fixem nos painéis da memória e nos delicados tecidos dos sentimentos as informações que se devem transformar em recurso para a sua vivência.
     Tudo quanto anotamos já tem sido apresentado por estudiosos sérios e interessados nos comportamentos felizes, assim como por sociólogos e psicólogos, religiosos e cidadãos afeiçoados ao Bem.
     O nosso trabalho encontra-se, porém, enraizado nos textos do Evangelho de Jesus e nas seguras orientações que os Espíritos trouxeram ao mundo desde o dia do surgimento de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, a 18 de abril de 1857 e as obras que foram publicadas depois pelo insigne codificador.
     São o resultado da nossa própria experiência, assim como da experiência de milhões de indivíduos que optaram pelo Bem em luta incessante para a libertação do mal, que ainda vige no íntimo de todos os seres humanos, como herança doentia do processo grandioso da evolução antropológica e psicológica através das sucessivas reencarnações.
     Com este modesto contributo, esperamos cooperar com as pessoas sinceras e afeiçoadas ao amor e à verdade, a fim de que não desanimem nunca no afã da edificação e da vivência do amor, conforme o Mestre de Nazaré nos ensinou, em todas e quaisquer situações em que se encontre.
...E o amor solucionará todos os problemas, por mais intrincados se apresentem.

AMARELO, VERMELHO, AZUL – WASSILY KANDINSKY

Livro: Liberta-te do Mal

quarta-feira, 20 de maio de 2020

#PANDEMIA E VIOLÊNCIA CONTRA MULHER

Três em cada 10 mulheres que morrem por violência têm histórico de ...

    A violência contra a mulher  é herança de um modelo construído historicamente, forjado pela instituição patriarcal. Porém novos fluxos para diálogos vem se tornando permeáveis , ao discurso da intolerância e opressão na busca  de uma equidade , ou seja, retidão , imparcialidade , ética e justiça  sobre o humano.
   Herdamos  todas as forças de opressão e conseguimos, consolidar, construir e infelizmente reproduzir, quais sejam os preconceitos de raça, categorias de gêneros , e suas relações de poder, onde nossas crenças e ideologias fecharam as portas ao diálogo e ao desenvolvimento do  processo civilizatório, que sempre nos convida  a ver nossa humanidade,  nos sinalizando sempre que verdadeiramente somos filhos da mãe  TERRA, logo somos todos iguais. Mas parece que a modernidade líquida se apossou de nosso ego, nos tornando seres mais apegados, consumistas , opressores e naturalmente menos questionadores e solidários.
        A identidade de gênero forma-se a partir do entendimento e convicção que se tem de pertencer a um sexo, sendo, pois, uma construção social feita a partir do biológico. Neste processo, o sexo e os aspectos biológicos ganham significados sociais decorrentes das possibilidades físicas e sociais de homens e  mulheres, delimitando suas características e espaços onde podem atuar.
     Recebemos do patriarcado o modelo machista, os pecados da igreja, a subalternidade da mulher, como algo menor, sem direitos, sem voz, e assim gerações construíram esta sociedade que hoje é impregnada de preconceitos e desvalorização das mulheres, que pouco a pouco na contramão vieram alcançando seus direitos sociais, políticos e trabalhistas ao longo dos anos por meio de movimentos reivindicatórios, onde ocupam seus espaços com delicadeza e firmeza, reconhecendo seu protagonismo sócio-político-cultural no processo civilizatório.
  As situações de violência contra a mulher resultam, principalmente, da relação hierárquica estabelecida entre os sexos, carimbada ao longo da história pela diferença de papéis instituídos socialmente a homens e mulheres, fruto da educação diferenciada.        Assim, o processo de machismo e feminismo, desenvolve-se por meio da escola, família, igreja, amigos, vizinhança e veículos de comunicação em massa.
  Violência contra a mulher se manifesta de  diversos tipos  – desde assédio moral até homicídio – que se manifestam contra ela porque ela é mulher. É uma forma de violência de gênero, ou seja, quando uma pessoa é agredida por ser – mulher, transexual, travesti, homossexual – pelo sexo oposto. Esses crimes são a maior maneira de violar os direitos humanos da mulher, sua integridade física, psicológica e moral.
Muitas vezes, a violência doméstica vem acompanhada de  problemas como: pobreza, alcoolismo, uso e abuso de drogas, problemas mentais, entre outros.Normalmente esses são problemas adicionais, MAS, NÃO SÃO  ESSENCIALMENTE A CAUSA DA VIOLÊNCIA!
   A Organização das Nações Unidas (ONU) iniciou seus esforços contra essa forma de violência, na década de 50, com a criação da Comissão de Status da Mulher que formulou entre os anos de 1949 e 1962 uma série de tratados baseados em provisões da Carta das Nações Unidas — que afirma expressamente os direitos iguais entre homens e mulheres e na Declaração Universal dos Direitos Humanos — que declara que todos os direitos e liberdades humanos devem ser aplicados igualmente a homens e mulheres, sem distinção de qualquer natureza.
  Marco importante também na promoção dos direitos das mulheres  foi a DECLARAÇÃO E PLATAFORMA  DE AÇÃO  DE PEQUIM,  elaborado em 1995, durante a IV Conferência mundial sobre a mulher em Pequim, China. O evento ainda é o mais importante momento na conquista dos direitos das mulheres no mundo: pelo número de participantes que reuniu, pelos avanços conceituais e programáticos que propiciou, e pela influência que continua a ter na promoção da situação da mulher. Por exemplo, tanto a afirmação de que os direitos das mulheres são direitos humanos, quanto o objetivo de empoderamento da mulher, provêm deste encontro. Ali, foi feito um acordo adotado por 189 governos comprometidos com a promoção da igualdade de gênero.  Lá se vão 25 anos e tão pouco caminhamos para as metas propostas.
      Em 2010 temos a ONU Mulheres – A ONU Mulheres foi criada,  para unir, fortalecer e ampliar os esforços mundiais em defesa dos direitos humanos das mulheres. Alcançar a igualdade de gênero, empoderar todas as mulheres e meninas e realizar os seus direitos humanos é a missão incorporada pela ONU Mulheres em relação à Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável e aos 17 objetivos globais. Como contribuição à Agenda 2030, a ONU Mulheres está promovendo parcerias para acelerar e concretizar os compromissos de governos, empresas, sociedade civil e outros setores, para a eliminação das desigualdades de gênero.   onumulheres.org.br 
  O secretário-geral da ONU, Antonio Gutierrez, disse em um comunicado no começo do mês (04/2020) que "nas últimas semanas, à medida que as pressões econômicas e sociais e o medo aumentaram, vimos uma onda global horrível de violência doméstica". "Em alguns países, o número de mulheres que telefonam para serviços de apoio dobrou." 


      A violência psicológica é tão perversa e cruel quanto a física.

A  violência emocional vai muito além da ameaça . 
Ela se manifesta também por atos como:
 1.Intimidar (fazer ameaças sutis) 
2.Diminuir, fazer a pessoa sentir-se mal consigo mesma, xingar, fazer a pessoa pensar que está louca, provocar confusão mental, fazer a pessoa se sentir culpada;
3. Humilhar (desqualificar, criticar continuamente, desvalorizar, ironizar publicamente, desconsiderar a opinião da pessoa etc) 4.Coagir, cercear, controlar os movimentos e perseguir;
5. Usar os filhos para fazer chantagem;
6. Isolar a vítima dos amigos e parentes. 
7.Controlar, reter, tirar o dinheiro da vítima;
      A literatura especializada em saúde mental, vem demonstrando associação de risco entre a experiência da violência e o desenvolvimento de agravos, de ordem física e mental, os quais repercutem na diminuição de "anos saudáveis de vida" das mulheres . 
   As consequências da violência doméstica são agravos que vão desde um empurrão leve até à morte. Sendo de natureza crônica, a agressão à mulher vai além dos traumas e dos agravos visíveis (quebraduras, torções), estando associada a problemas como: baixo peso ao nascer (dos filhos), problemas gastrintestinais (úlceras, colites), queixas ginecológicas (abortos, gravidezes indesejadas e repetidas em curto espaço de tempo, doenças sexualmente transmissíveis, hemorragias, lesões, dores pélvicas, leucorreias repetidas e infecções), abuso de álcool e outras drogas, queixas vagas, depressão, insônia, suicídio, sofrimento mental, lesões e problemas crônicos, como distúrbios alimentares, dores abdominais e de cabeça, e até artrite, hipertensão e doenças cardíacas .
       Muitas mulheres  relatam que ambientes familiares que já eram violentos antes da pandemia ficaram mais agressivos diante da falta de dinheiro –  e do convívio em tempo integral dos familiares dentro de casa.  
     Na  atual Pandemia , relatórios apontam que  no Brasil,  São Paulo , desde a quarentena em 24 de março 2020  a Policia Militar registrou aumento de 44,9 % no atendimento a mulheres vítima de violência, o total de socorros prestados passou de 6.775 para 9.817.      Casos de feminicídios, que é crime de ódio baseado no gênero, amplamente definido como o assassinato de mulheres em contexto de violência doméstica ou em aversão ao gênero da vítima , misoginia, dentro de contextos sociais específicos, subiram de 13 para 19 ( 46,2%). No Rio de Janeiro o aumento foi de 50% nos casos de violência doméstica , logo nos primeiros dias da quarentena. 
Aumento da violência doméstica no mundo

Abaixo, dados da ONU Mulheres e da OMS sobre o aumento da violência doméstica nos países afetados pela pandemia de coronavírus:
#Na França, o registros de casos de violência doméstica aumentou em 30% desde 17 de março, quando o país decretou a quarentena – em Paris, o aumento foi de 36%.
#Na China, as denúncias de violência contra a mulher triplicou durante o período de confinamento, entre janeiro e começo de abril.
#Na Argentina, houve aumento de 25% nas denúncias telefônicas desde 20 de março, quando o país adotou medidas de isolamento.
#Em Singapura, o aumento nos registros de denúncias foi de 30% em março.
#Na Malásia e no Líbano, as denúncias de violência contra a mulher duplicaram durante o período de confinamento.
#No Canadá, França, Alemanha, Espanha, Reino Unido e Estados Unidos, autoridades governamentais relatam crescentes denúncias de violência doméstica e aumento da demanda para abrigo às vítimas.

       Estratégias para enfrentar a violência doméstica no isolamento:
       Nesta terça-feira (14/04/2020), a organização feminista brasileira Think Olga lançou um relatório reunindo dados sobre o aumento da violência contra as mulheres durante a pandemia de coronavírus. No documento, a entidade lista estratégias para as vítimas de violência doméstica adotarem durante o confinamento:
trazer alguém da família para casa;
esconder objetos pontiagudos;
retirar de casa possíveis "gatilhos" e potencializadores, como bebidas alcoólicas e drogas;
avisar familiares e vizinhos sobre o que está acontecendo (em caso de episódios de violência);
e manter contato com sua rede de apoio por meio de telefone e aplicativos, e-mail e outras redes sociais.
    Tanto a ONU Mulheres quanto a OMS e organizações feministas defendem que, durante a pandemia, a solução não é pôr fim ao isolamento social, mas, sim, manter ativos os serviços de proteção à mulher, aumentar o investimento em serviços on-line, declarar abrigos como serviços essenciais e oferecer suporte às ONGs locais de combate à violência doméstica.

                Neste momento redes solidárias fazem a diferença .


      #VizinhaVocêNãoEstáSozinha foi organizado por um coletivo de mulheres para formar um espaço de acolhimento e solidariedade.

    Em abril 2020 duas deputadas brasileiras, protocolizaram ação ao poder público para providenciar vagas de hospedagem em hotéis ou pousadas para estas mulheres vítimas de violência , que em quarentena, não teriam para onde ir.
    Importante também, é a aplicativo Direitos Humanos BR- Do Ministério da Mulher, Famíla e Direitos Humanos. Lá há a possibilidade de denúncia, envio de fotos e vídeos. Está disponível para Android e iOS.
    Quem sofre violência doméstica pode procurar ajuda ligando 180, serviço de informações e denúncia da Central de Atendimento à Mulher funciona 24h por dia e garante o anonimato da vítima. 
    Em casos de emergência, é necessário ligar para a polícia no número 190 ou procurar uma das Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMs), que têm caráter preventivo e repressivo, devendo realizar ações de prevenção, apuração, investigação e enquadramento legal dos casos de violência contra a mulher, respeitando os direitos humanos e os princípios do Estado Democrático de Direito. Vizinhos, conhecidos ou familiares também podem fazer a denúncia. 
   Conversar com amigos e familiares confiáveis também são outras vias de auxílio, assim como procurar órgãos públicos, tais como: 
Centros Especializado de Atendimento à Mulher: os Centros de Referência são espaço de acolhimento e atendimento psicológico e social, orientação e encaminhamento jurídico à mulher em situação de violência; 
Casas-Abrigo: locais seguros que oferecem morada protegida e atendimento integral a mulheres em risco de morte iminente em razão da violência doméstica. O serviço é sigiloso e temporário, até que a vítima tenha condição de retomar o curso de sua vida; 
Casas de Acolhimento Provisório: oferecem abrigo temporário - de até 15 dias - e não-sigiloso para mulheres em situação de violência, acompanhadas ou não de filhos, que não correm risco iminente de morte. Além de garantir a integridade física e emocional das vítimas, realiza diagnóstico dos casos para encaminhamentos necessários.

      Assim, concluo com a Organização Mundial de Saúde, a violência  contra as mulheres é uma questão de Saúde Pública , que demanda do Estado mais profissionais na rede de serviços de proteção sócio assistencial, incrementar programas como Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família – PAIF, aumentar  o número de CRAS (  Centro de Referência de Assistência Social )  E CREAS ( Centro de Referência Especializado de Assistência Social  ), entre outros programas  que atendam esta demanda em específico.
 “... não há um fator único que explique porque algumas pessoas se comportam de forma violenta em relação a outras, ou porque a violência ocorre mais em algumas comunidades do que em outras.  A violência é o resultado da complexa interação de fatores individuais, de relacionamento, sociais, culturais e ambientais. Entender como esses fatores estão relacionados à violência é um dos passos importantes na abordagem de saúde pública para evitar a violência”. 

(Relatório mundial sobre violência e saúde. Genebra, OMS, 2002)


Jane.
Frases para fotos sozinha - Como arrasar nas legendas do perfil


"Creio no riso e nas lágrimas como antídotos contra o ódio e o terror."
CHARLES CHAPLIN




sábado, 16 de maio de 2020

#Clarisse Lispector- POESIAS

Amor platônico: por que acontece e como lidar

ISSO É MUITA SABEDORIA


Quando fazemos tudo para que nos amem e não conseguimos, resta-nos um último recurso: não fazer mais nada. 

Por isso, digo, quando não obtivermos o amor, o afeto ou a ternura que havíamos solicitado, melhor será desistirmos e procurar mais adiante os sentimentos que nos negaram.

 Não fazer esforços inúteis, pois o amor nasce, ou não, espontaneamente, mas nunca por força de imposição.

 Às vezes, é inútil esforçar-se demais, nada se consegue; outras vezes, nada damos e o amor se rende aos nossos pés.
 Os sentimentos são sempre uma surpresa. 

Nunca foram uma caridade mendigada, uma compaixão ou um favor concedido. Quase sempre amamos a quem nos ama mal, e desprezamos quem melhor nos quer.

 Assim, repito, quando tivermos feito tudo para conseguir um amor, e falhado, resta-nos um só caminho... o de mais nada fazer.

Clarice Lispector
Liberdade de expressão não vale nada se forem consideradas apenas ...
- Ela é tão livre que um dia será presa.
- Presa por quê?
- Por excesso de liberdade.
- Mas essa liberdade é inocente?
- É. Até mesmo ingênua.
- Então por que a prisão?
- Porque a liberdade ofende.

Clarice Lispector

É difícil perder-se. É tão difícil que provavelmente arrumarei depressa um modo de me achar, mesmo que achar-me seja de novo a mentira de que vivo.... Frase de Clarice Lispector.
Livro- Felicidade Clandestina - Clarice Lispector -+ Brinde - R ...
O centenário de seu nascimento, se dá neste ano, 2020.
 Clarice Lispector, que nasceu no dia 10 de dezembro de 1920, em Chechelnyk, na Ucrânia, (1920-1977) desponta na literatura brasileira como uma escritora que mergulhou fundo nos recônditos da consciência humana, colocando a linguagem, o exercício incessante com as palavras, acima de qualquer convenção literária. Tanto que sua estreia, por meio do romance "Perto do Coração Selvagem", lançado em 1943, causou certo mal-estar entre os críticos por convidar leitores e leitoras a um olhar para dentro, rompendo com a literatura fortemente realista que predominava na época.


sexta-feira, 15 de maio de 2020

#Se uma dificuldade surge- Joanna de Ângelis

50 anos de Woodstock: como o festival catalisou a paz, o amor e a ...
Se uma dificuldade surge, impedindo-se a caminhada, não percas tempo. Detém o passo e contorna o obstáculo.
Se algum problema inesperado ameaça o teu equilíbrio, não te aflijas. Silencia a revolta e busca solucioná-lo conforme as tuas possibilidades.
Se alguém, a  quem amas. mudou de conduta em relação a ti ou abandonou-te, mantém-te sereno.
 O rebelde e o desertor, com as suas atitudes intempestivas, já perderam a razão.
 Permanece em paz.
O que agora percas, conseguirás mais tarde.
Quando te aconteça, sabendo te portares, será sempre para o teu bem futuro.
Cassete de música flores paz amor coração livre espírito | Vetor ...
Joanna de Ângelis
Livro:  vida Feliz

quarta-feira, 13 de maio de 2020

#O albatroz - POESIA de Charles Baudelaire


Descubra onde avistar albatrozes e petréis no litoral brasileiro ...


Às vezes, por prazer, os homens da equipagem
Pegam um albatroz, imensa ave dos mares,
Que acompanha, indolente parceiro de viagem,
O navio a singrar por glaucos patamares.

Tão logo o estendem sobre as tábuas do convés,
O monarca do azul, canhestro e envergonhado,
Deixa pender, qual par de remos junto aos pés,
As asas em que fulge um branco imaculado.

Antes tão belo, como é feio na desgraça
Esse viajante agora flácido e acanhado!
Um, com o cachimbo, lhe enche o bico de fumaça,
Outro, a coxear, imita o enfermo outrora alado!

O Poeta se compara ao príncipe da altura
Que enfrenta os vendavais e ri da seta no ar;
Exilado no chão, em meio à turba obscura,
As asas de gigante impedem-no de andar.

Charles Baudelaire: um dos mais importantes poetas simbolistas

   Charles-Pierre Baudelaire : (1821-1867) foi um poeta francês, considerado um dos precursores do Simbolismo, tendo influenciado a poesia internacional de tendência simbolista.
    A poesia simbolista ocorre  no final do século XIX .
   Teve início na França com a publicação da obra “As Flores do Mal” (1857) do escritor francês Charles Baudelaire (1821-1867).
   A poesia simbolista está repleta de misticismo e musicalidade, característica explorada sobretudo, pelo uso das figuras de som e ainda, pela escolha de temas como o amor, o tédio, a morte e a espiritualidade humana.

terça-feira, 12 de maio de 2020

#Felicidade possível - Joanna de Ângelis

A arte da felicidade – Ensinamentos simples e preciosos sobre a ...

 A tua felicidade é possível.
Crê nesta realidade e trabalha com afinco para consegui-lá.
Não a coloques nas coisas, nos lugares, nem nas pessoas, a fim de que não te decepciones.
A felicidade é um estado íntimo defluente do bem estar que a vida digna e sem sobressaltos proporciona.
Mesmo que te faltem dinheiro, posição social de relevo e saúde, podes ser, feliz, vivendo com resignação e confiança em Deus.
Dança: 27 citações para você se inspirar! | Superprof
Do livro : Vida Feliz

sábado, 9 de maio de 2020

#HANNAH ARENDT- Pensando um pouco na condição humana....



   A Condição Humana (título original, em inglês: The Human Condition) de Hannah Arendt, publicado em 1958. Uma de suas principais obras teóricas, é um relato histórico, antropológico e filosófico da existência humana, nos faz refletir  sobre a  liberdade  e o totalitarismo, sobre o que é condição humana, quando as escolhas muitas vezes nos levam a banalização do mal. Afinal, por que escolhemos o que escolhemos ?  Por que julgamos? O que é um julgamento ?                                   
                                                         

    A Condição Humana de Hannah Arendt é uma obra filosófica que interpreta a modernidade como a era que colocou em perigo a condição mais básica da vida humana: a pluralidade. 

   A condição humana, segundo a autora, está relacionada a três atividades fundamentais - labor, trabalho e ação - relacionadas às condições básicas da vida.
   O labor é a atividade correspondente ao processo biológico do corpo humano, tem a ver com as necessidades vitais: assegura a sobrevivência do indivíduo e a vida da espécie.
   O trabalho permite a criação de objetos e a transformação da natureza, proporcionando a criação de um habitat distinto daqueles dos outros animais.
     A ação, por sua vez, é a única atividade que independe da medição da matéria e se relaciona com a condição humana da pluralidade. A ação é a única atividade da condição humana que só pode ser praticada com outros homens. Sendo assim, é a condição de toda a vida política do homem. Tem o poder de fazer com que o ele se integre à esfera pública, de fazer com que ele revele quem ele é e inicie novos processos, ilimitados e potencialmente eternos.
    O Homem, quando age, deixa de ser escravo das necessidades, deixa para trás o labor e o trabalho, para finalmente ser livre. 
   Agindo, ele desvincula-se do reino doméstico, o oikos e entra na pólis, no espaço político. A própria ação é a liberdade; por consequência, só se é livre enquanto se está em espaço público. Com a crescente apolitização dos homens, têm-se reduzido o espaço público e a ação, correndo-se o risco de um caminhar à escravidão voluntária.
       Em sua formulação, a pluralidade consiste numa síntese entre igualdade e diferença: todo ser humano é único, mas sua singularidade somente se constitui em uma teia de relações entre seres humanos iguais. No diagnóstico de Arendt, a modernidade coloca em perigo justamente a vida humana. Essa é a era da sociedade dos consumidores, em que as ferramentas, os objetos de arte e até mesmo os seres humanos são descartáveis. 
     O principal ensinamento de Hannah Arendt sobre a condição humana é que ela tem diversas facetas, de modo que ser humano não quer dizer apenas uma coisa fechada, mas uma série de coisas diferentes que, combinadas, formam uma pessoa.

      A reflexão, o pensar , a verificação de nossas vontades e desejos nos fazem estabelecer um dialógo socrático em busca de nós mesmos em meio a customização de nossa sociedade, que nos coloca muitas vezes como aqueles que querem adequar a polis aos seus desejos mais primitivos, de posse, de banalização do mal, e consumismo atroz. Eis a escolha : servidão voluntária ou liberdade de pensar, dialogar  democraticamente com direitos sociais , humanos e políticos propostos por uma Constituição ?

Biografia de Hannah Arendt
Hannah Arendt (1906-1975) nasceu no subúrbio de Linden, em Hannover, Alemanha, no dia 14 de outubro de 1906. Quando tinha três anos sua família mudou-se para a Prússia.
De origem judia, "Johannah Arendt".
Em 1924 ingressou na Universidade de Marburg, onde foi aluna de Martin Heidegger.
Em 1926 decidiu trocar de universidade, indo estudar na Universidade Albert Ludwig em Freiburg. Em 1928 se doutorou em Filosofia na Universidade de Heidelberg, com a tese “O Conceito de Amor em Santo Agostinho”.
Em 1929, Arendt ganhou uma bolsa de estudos e se mudou para Berlim, onde reencontra Günther Anders (pseudônimo de Günther Stern), que conhecera em Malburg, e se tornou seu primeiro marido. Em 1933, foi presa pela Gestapo e depois de passar oito dias na prisão, resolveu deixar seu país natal.
Hannah Arendt passou por Praga e Genebra, até chegar a Paris, onde permaneceu durante seis anos trabalhando com assistente social atendendo a crianças judias expatriadas.
Em 1940, casou-se com o professor de história da arte, o filósofo Heinrich Bluecher.
A ocupação da França pelos nazistas obrigou-a a novo exílio. Depois de uma estada em Portugal, conseguiu chegar aos Estados Unidos, onde fixaria residência.
 Sua morte  foi em 04/12/1975 ,aos 69 anos.

Obras
  Em 1951 naturalizou-se americana. Nesse mesmo ano, publicou “Origem do Totalitarismo”, obra que a tornou conhecida e respeitada nos meios intelectuais.

 Na obra, dividida em “Antissemitismo”, “Imperialismo” e “Totalitarismo”, ela procura analisar de que modo se forjou na Europa uma verdadeira máquina de destruição, capaz de levar ao horror do holocausto.
   Em 1961 publicou “Entre o Passado e o Futuro” quando afirma que a palavra e a ação, para se converterem em política, requerem a existência de um espaço que permita o aparecimento da liberdade.
   Em 1963, publicou “Eichmann em Jerusalém” que nasceu de uma série de artigos publicados na revista The New Yorker.
   Na obra, Hannah trata do julgamento do oficial da Alemanha nazista que entrou para a história como o administrador da “solução final”. O extermínio sistemático de judeus na II Guerra Mundial.
   Era ele quem organizava a logística das deportações em massa para campos de extermínio. Depois de se esconder na Argentina, foi levado para ser julgado em Jerusalém, onde foi condenado à morte na forca.

  

        
  Mulher forte, admirável !!