ISSO É MUITA SABEDORIA
Quando fazemos tudo para que nos amem e não conseguimos, resta-nos um último recurso: não fazer mais nada.
Por isso, digo, quando não obtivermos o amor, o afeto ou a ternura que havíamos solicitado, melhor será desistirmos e procurar mais adiante os sentimentos que nos negaram.
Não fazer esforços inúteis, pois o amor nasce, ou não, espontaneamente, mas nunca por força de imposição.
Às vezes, é inútil esforçar-se demais, nada se consegue; outras vezes, nada damos e o amor se rende aos nossos pés.
Os sentimentos são sempre uma surpresa.
Nunca foram uma caridade mendigada, uma compaixão ou um favor concedido. Quase sempre amamos a quem nos ama mal, e desprezamos quem melhor nos quer.
Assim, repito, quando tivermos feito tudo para conseguir um amor, e falhado, resta-nos um só caminho... o de mais nada fazer.
Clarice Lispector
- Ela é tão livre que um dia será presa.
- Presa por quê?
- Por excesso de liberdade.
- Mas essa liberdade é inocente?
- É. Até mesmo ingênua.
- Então por que a prisão?
- Porque a liberdade ofende.
Clarice Lispector
O centenário de seu nascimento, se dá neste ano, 2020.
Clarice Lispector, que nasceu no dia 10 de dezembro de 1920, em Chechelnyk, na Ucrânia, (1920-1977) desponta na literatura brasileira como uma escritora que mergulhou fundo nos recônditos da consciência humana, colocando a linguagem, o exercício incessante com as palavras, acima de qualquer convenção literária. Tanto que sua estreia, por meio do romance "Perto do Coração Selvagem", lançado em 1943, causou certo mal-estar entre os críticos por convidar leitores e leitoras a um olhar para dentro, rompendo com a literatura fortemente realista que predominava na época.
Clarice Lispector, que nasceu no dia 10 de dezembro de 1920, em Chechelnyk, na Ucrânia, (1920-1977) desponta na literatura brasileira como uma escritora que mergulhou fundo nos recônditos da consciência humana, colocando a linguagem, o exercício incessante com as palavras, acima de qualquer convenção literária. Tanto que sua estreia, por meio do romance "Perto do Coração Selvagem", lançado em 1943, causou certo mal-estar entre os críticos por convidar leitores e leitoras a um olhar para dentro, rompendo com a literatura fortemente realista que predominava na época.
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