sábado, 28 de junho de 2014

FOTÓGRAFO : SEBASTIÃO SALGADO

sebastiao salgado enio leite escola focus projeto genesis cursos de fotografia online escola de fotografia     SEBASTIÃO    SALGADO natural de Aimorés, Minas Gerais, Brasil,  nasceu em  08 de fevereiro de 1944. 

  Estudou economia no Brasil entre 1964 e 67. Fez mestrado na mesma área na Universidade de São Paulo e na Vanderbilt University (EUA). Após completar os seus estudos para o doutoramento em economia pela Universidade de Paris, em 1971, trabalhou para a Organização Internacional do Café até 1973. 

   Depois de pedir emprestada a câmera da sua mulher, Lélia, para uma viagem a África, Salgado decidiu, em 1973, trocar a economia pela fotografia. Trabalhou para as agências Sygma (1974-1975) e Gamma (1975-1979). Eleito membro da Magnum Photos, uma cooperativa internacional de fotógrafos, permaneceu na organização de 1979 a 1994. 

    A metodologia de trabalho de Sebastião Salgado é fortemente influenciado pela técnica do ”mometo decisivo”, empregada pelo fotógrafo Francês Henri Cartier Bresson. Esta técnica consiste em fotos diretas, disparadas no momento crucial a ser retratado pelo artista. Desta forma, o fotógrafo procura transmitir em um “shot” todo o drama e impacto da situação observada.
Observa-se que todo o trabalho de Salgado é realizado em preto e branco. A ausência de cor significa ausência de informação, isto é, o foco está na clareza da situação retratada. O autor da foto deseja que aquele que a observa concentre-se na situação em si, e não em um ou mais elementos da mesma, o que interessa é o contexto, o impacto do momento retratado. 
  Em suas  fotos objetiva enfatizar a ausência de cor mostrando-nos o drama da situação retratada, a dor e o desespero. Metaforicamente é como se o mundo perdesse a cor, a vida, a alegria, já que Salgado utiliza sua fotografia como ferramenta de denúncia da pobreza, violência, guerra e fome em regiões miseráveis do mundo.



   Viajando pela América Latina durante sete anos (1977-1984), Salgado foi a pé a povoados remotos. Neles capturou as imagens para o livro e a exposição Outras Américas (1986), um estudo das diferentes culturas da população rural e da resistência cultural dos índios e de seus descendentes no México e no Brasil. 

   Nos anos 80, trabalhou 15 meses com o grupo francês Médicos Sem Fronteiras durante a seca na região do Sahel, na África. Na viagem produziu Sahel: O Homem em Pânico (1986), um documento sobre a dignidade e a perseverança de pessoas nas mais extremas condições. Entre 1986 e 1992, fez Trabalhadores (1993), um documentário fotográfico sobre o fim do trabalho manual em grande escala em 26 países. Em seguida, produziu Terra: Luta dos Sem-Terra (1997), sobre a luta pela terra no Brasil, e Êxodos e Crianças (2000), retratando a vida de retirantes, refugiados e migrantes de 41 países. 

   Fotógrafo reconhecido internacionalmente e adepto da tradição da “fotografia engajada”, Sebastião Salgado recebeu praticamente todos os principais prémios de fotografia do mundo como reconhecimento por seu trabalho. 

                 


  Em setembro de 2000, com o apoio das Nações Unidas e UNICEF, Salgado fez uma mostra de 90 retratos de crianças desalojadas extraídos de seu livro “As Crianças” numa exposição na sede das Nações Unidas em Nova York.
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Alguns prêmios:

• Prêmio Príncipe de Asturias das Artes, 1998.
• Prêmio Eugene Smith de Fotografia Humanitária.
• Prêmio World Press Photo
• The Maine Photographic Workshop ao melhor livro foto-documental.
• Eleito membro honorário da Academia Americana de Artes e Ciência’ nos Estados Unidos.
• Prêmio pela publicação do livro Trabalhadores.
• Medalha de prata Art Directors Oub nos Estados Unidos.
• Prêmio Overseas Press Oub oí America.
• Alfred Eisenstaedt Award pela Magazine Photography.
• Prêmio Unesco categoria cultural no Brasil.


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San Juan, Chimborazo-Equador, 1979

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Segunda Guerra pela libertação da Angola – 1975


Refugiados no Korem Camp – Etiópia – 1984


“Mais do que nunca, sinto que a raça humana é uma só. Existem diferenças de cor, língua, cultura e oportunidades, mas os sentimentos e reações das pessoas são iguais. Pessoas fogem das guerras para escapar da morte, migram para melhorar sua sorte, constroem novas vidas em terras estrangeiras, adaptam-se a situações extremas … ” 


“Eu acredito que uma pessoa comum pode ajudar muito, não doando bens materiais, mas participando, sendo parte da discussão, estando realmente preocupada sobre o que está acontecendo no mundo”.

Sebastião Salgado

OBRAS :
Trabalhadores (1996)
Terra (1997)
 Serra Pelada (1999) 
Outras Américas (1999)
 Retratos de Crianças do Êxodo (2000)
 Êxodos (2000)
 O Fim da Pólio (2003)  - poliomielite -
 Um Incerto Estado de Graça (2004) 
O Berço da Desigualdade (2005) 
África (2007)
 Gênesis (2013) 


sexta-feira, 20 de junho de 2014

Pensando um pouco sobre o mito da caverna de Platão....



   Platão , era grego, como sabemos um dos mais importantes filósofos do período clássico de nossa história, Viveu pelos anos de 428 a 347 A.C. e sempre estava com seu grande mentor Sócrates  e de seu aluno Aristóteles. Que trio heim !!!! Altos papos rolavam por ali....
   Sócrates sempre insistia com seus pupilos que a filosofia deveria sempre falar das questões cotidianas, falar de pessoas comuns, assim como ele, que era filho de pedreiro e de uma parteira. Não deixou suas ideias escritas, como conjunto de suposições, teorias,mas os seus fiéis discípulos Platão e Xenofonte deixaram para nós os relatos da vivência de seu grande mentor.
   Sócrates nos convida a sempre reavaliarmos nossas ações, emoções, para que possamos desenvolver habilidades para modular as nossas reações negativas diante de certos conflitos, para que em mudando nossas crenças e emoções vamos conseguir  ressignificar nosso vivido para o pensamento de positividade, alteridade e otimismo, ao que já na pós  modernidade, se podemos chamar assim, os neurocientistas chamam de “reavaliação cognitiva”, onde podemos utilizar a habilidade de plasticidade de nosso cérebro, como já falava o filósofo estoico  grego Epiteto : ” Não há nada mais manipulável do que a psique humana.”
   Seguindo seu grande mestre, Platão nos traz seu pensamento dizendo que através do conhecimento é possível captar a existência do mundo sensível. No seu livro A República , ele nos fala do mito da caverna.
   Em síntese o mito da caverna , nos fala de prisioneiros que desde o seu nascimento, vivem atados em correntes em uma caverna e todo o tempo ficam olhando para a parede em frente. Esta parede é iluminada por uma fogueira que fica atrás deles. Nessa parede são projetadas suas sombras, suas formas, e todos passam o tempo todo olhando para as sombras, dando nomes, e tentando entender o que  sempre se repetia. Um dos prisioneiros escapa para o mundo exterior, e vê a luz do sol, e compreende a vida. Pensa em voltar a caverna e contar aos amigos sobre tudo que aprendeu. Mas teme ser tido como lunático.
   Simbolicamente podemos dizer que : a caverna – é o nosso mundo, onde somos os prisioneiros na eterna repetição de falsas crenças, o fogo – é a luz do sol do conhecimento, o prisioneiro que foge representa o anseio de nossa alma de libertar-se da sombra de sua ignorância , mas ainda temerária por  revelar-se.
   O mito da caverna é uma metáfora que acompanha nosso processo civilizatório. Somos ainda prisioneiros da sombra do poder, do orgulho, da vaidade, que nos afastam dos reais contornos, cores e  formas que a lógica do bom senso nos propõe como reflexão.
    As trevas da ignorância  de nossa complexidade metafísica expressam-se  como os prisioneiros da caverna que viam suas projeções na parede gigantescas, ficavam admirados de algo tão maior que eles mesmos, se iludiam, e não prestavam atenção em si mesmos, viviam da forma e não se questionavam sobre sua essência, transcendência.
     Na nossa contemporaneidade  fico a pensar  que  estamos ficando presos na caverna do tecnocentrismo . Será que estamos  nos  acorrentando às engrenagens  tecnológicas, que as vezes nos tiram o foco de nossa transcendência ? Será que estamos cuidando de nossa alma , como recomendava Sócrates ?
   Nada contra o movimento tecnológico, só acho que estamos ficando muito dependentes destes mecanismos  que sustentam vertiginosamente o modelo capitalista, consumista.
   E continuo eu a pensar cá com meus botões: Será que estou cuidando bem de minha alma, como recomendava Sócrates?

           Jane

"Quem acusa os outros pelos próprios infortúnios revela uma total falta de educação; quem acusa a si mesmo mostra que a sua educação já começou; mas quem não acusa nem a si mesmo nem aos outros revela que sua educação está completa."
Epiteto (55-135 d.C.) filósofo estoico da Grécia antiga


terça-feira, 17 de junho de 2014

A arte de conviver - dinâmica de grupo.

Visualiza Imagem - MTI 
   Estes 10 temas são muito bons para trabalharmos com dinâmica de grupo.  Grupos com mais de 10 pessoas os temas se repetem, mas as frases mudam.Cada um escolhe um papel pela cor e fala sobre a palavra  escrita  em cada papel e  logo após , lê a frase para o grupo.    A reflexão final pode ser : Qual destes 10 temas eu estou precisando desenvolver mais  no meu dia a dia ?
 Após a plenária, para finalização da vivência uma música relaxante é colocada e pede-se que cada um desenhe em folha A4 o  que sentiu  e se quiser , compartilhe suas emoções com o grupo.

1- TEMA : Saber falar e ouvir.

“Para saber falar , é preciso saber escutar” . 

2- Tema: Amizades
A melhor forma de manter a amizade acesa é utilizar do altruísmo.

3- Tema: Bom senso
Com discernimento, sempre haverá melhores resoluções.” A luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram sobre elas” 

4-Tema: Convivência
-acatamento das desigualdades; -clima repeitoso; -bom nível; -respeito às diferenças.

5- Tema: Diálogo
Procure falar com clareza, moderar o entusiasmo, concentrar-se nos assuntos, ouça mais do que fale.Descubra o perfil da pessoa com quem está falando.

6- Tema: Harmonização
A  pessoa que não foca a harmonia surge a desarmonia, o mal estar , normalmente surgem dos detalhes insignificantes. Devemos ficar atentos.

7-Tema: Discernimento
Aquela conversa de leva-e-traz que cria atritos.Nunca deixe de discernir as comunicações.

8- Tema: Humildade .A prática da humildade serve para reconhecer os equívocos e deles desistir.Reconhecer os erros e corrigi-los faz parte da boa administração.

9- Tema: Generosidade
Exercite a generosidade e colha excelentes frutos.“A alma generosa prosperará, o que regar também será regado” 

10- Tema: Paz interior
“A candeia do corpo é o olho, sendo o teu olho bom, todo o teu corpo será luminoso.Mas se for mau, também o teu corpo será tenebroso.
“Para o homem iluminado, a estrada não tem sombras “. E aí a paz habita.

Conviver com as diferenças é uma grande arte, exige de nós sabedoria e humildade.
Para realmente iluminarmos os nossos caminhos precisamos  colocar luz em nosso olhar e ternura em nossos corações.

Jane

segunda-feira, 16 de junho de 2014

# Questões sociais e políticas que envolvem a Terceira Idade. #

     Envelhecer de fato é um empreendimento de longo prazo, tanto nos aspectos individuais quanto nos aspectos que envolvem a  nossa sociedade que ainda está cheia de preconceitos para acolher os idosos.
     Grande parte de nossa cultura ainda vive na ilusão das capas de revista, como se o belo fosse permanente, admirar uma bela capa de revista é muito bom, ver a arte do fotógrafo, a moda, a beleza da modelo, a produção da revista, mas o importante é focarmos  a nossa identidade, nossa autoestima, que precisa ser  admirada, amada e respeitada do jeitinho que somos,  mas com perspectivas de autoconhecimento e busca  de espiritualidade entendendo que tudo se transforma e precisamos estar preparados para as transições da vida.
   Pensando no Brasil que tem hoje 21 milhões de pessoas com mais de 60 anos, destes, três milhões estão acima dos 80, sendo que a população brasileira nesta faixa etária cresceu 70% nos últimos dez anos. O Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul são os Estados com maior percentual de idosos, com 14,9% e 13,5% respectivamente.(dados de 2011).
   Como está esta população de idosos, principalmente os que dependem de asilos, abrigos, os que foram abandonados pela família, vivendo em situação de pobreza, exclusão social, vulnerabilidade social, onde muitos se encontram como moradores em situação de rua.
      Segundo Michele Gragnolati , o Brasil precisa se preparar urgentemente para os efeitos deste envelhecimento , para passar pelo chamado bônus demográfico, que é quando o força de trabalho de um país é muito maior do que a sua população dependente, podendo assim aumentar o PIB e dar sustentabilidade principalmente a Seguridade Social.
    As projeções mostram que o envelhecimento da população brasileira deve triplicar até 2050, revelou estudo divulgado pelo Banco Mundial (Bird). Assim, os idosos, que eram 4,9 % da população em 1950 , e demoraram 60 anos para dobrar essa proporção e chegar a 10,2% em 2011, vão passar para 29,7% até 2050.Isso é muito próximo dos 30% de idosos do Japão , que é hoje o país mais velho do mundo e é também o maior índices de todos os países europeus atualmente ( média de 24%).Isto nos remonta a questão previdenciária no Brasil , cujos gastos devem subir de seus atuais 11% do Produto Interno Bruto (PIB) para 16 % no ano de 2050.
   O crescimento da expectativa de sobrevida do brasileiro traz consigo sérias conseqüências no que se refere à formulação, implementação e financiamento das políticas sociais no Brasil, particularmente as relativas às questões da seguridade social e da saúde.
   A velhice saudável, advem de uma infância e juventude que foi vivida dentro de princípios que priorizavam o bem estar biopsicossocial. Se o país investe em políticas públicas de prevenção e acompanhamento a infância e ao jovem, está de fato proporcionando ao indivíduo uma vida mais saudável, com possibilidades de produzir , gerar receita para o Estado, ter direito a uma aposentadoria, viver como um cidadão investidos de plenos direitos à uma vida digna.
      Um outro lado desta situação  são  os  jovens/adultos que vivem na pobreza,na exclusão social  que tiveram precariamente acesso à saúde e educação e chegam na velhice,  com a saúde comprometida, baixa autoestima, abandonados pela família, com dependência química , principalmente o alcoolismo, e muitos  fazem da rua seu domicílio. 
     Quando chega a fase da velhice, onde muitos já passaram pelos albergues, não se ressocializaram, se vêem num empasse , para onde vou ? E os asilos públicos, ou conveniados, o que podem oferecer a esta população?
      É preciso que falemos sobre o impacto do aumento da expectativa de vida  e seus reflexos na demanda por instituições de longa permanência (ILPI) – ou asilos e abrigos. 
   O estudo “Condições de funcionamento e infraestrutura das instituições de longa permanência para idosos no Brasil”, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), aponta a tendência de crescimento do número de idosos à procura dessas casas. A quantidade de familiares que antes cuidava dos mais velhos diminuiu. E, com o núcleo familiar cada vez menor, a busca por ‘cuidadores’ fora da esfera parental deve crescer.
      Um dos principais motivos pela busca de uma instituição desse tipo é a carência financeira e a falta de moradia. Segundo a pesquisa,(IPEA) isso explica o porquê de 65,2% das instituições brasileiras serem filantrópicas. Tanto nas filantrópicas como nas públicas há mais idosos independentes no que nas instituições privadas com fins lucrativos. 
   O idoso de uma ILPI particular costuma ter uma dependência física e mental mais elevada. Quando bem de saúde, essa pessoa continua a morar com a família ou sozinho, em vez de seguir para essas instituições.
       Existe no Brasil 3.548 ( estatística de 2010) instituições de longa permanência para os idosos. Apenas 6,6% das instituições brasileiras são públicas ou mistas
    Segundo Duarte, na atualidade, as instituições públicas geriátricas não servem como modelo de serviço para o idoso alcançar um estilo de vida com qualidade. ressalta que é compromisso de todos os profissionais de saúde criar condições para a geração de serviços de boa qualidade com enfoque específico, voltado ao direito do idoso como pessoa. SAYEG (1997), entretanto nos aponta o Brasil como um país carente de especialistas na área de saúde do idoso em conseqüência, principalmente, da impossibilidade da realização de cursos de extensão durante os períodos de formação universitária.
     Não adianta falarmos que estamos tendo agora uma expectativa de sobrevida, se não implementarmos as políticas públicas para amparar a população de idosos.   Com o sucateamento dos hospitais, as prefeituras envolvidas com dívidas públicas, fraudes, super faturamentos de suas “notas fiscais”, sem repassarem suas verbas para instituições da saúde  retardam a marcha do acesso aos serviços de boa qualidade que poderia ser oferecido à população. 
     Precisamos refletir  sobre as políticas públicas e programas do governo para atender a  terceira idade, em seus aspectos preventivos, informativos, para que conste  na pauta de nossos governantes  mais propostas que atendam estes excluídos socias, que não tiveram oportunidade de frequentar uma escola, muitos são iletrados, e vivem como invisíveis sociais.    Precisamos de programas socias  que envolvam  a família deste idoso , para que seja educada, preparada, para  a integração de seu idoso à sua nova realidade e a receber os cuidados de todos os familiares .
     O governo tem investido  muito lentamente em políticas de assistência aos idosos em conjunto com as ONGs, as entidades religiosas e associações filantrópicas para que eles tenham os seus direitos salvaguardados e atendidos imediatamente. 
    Os centros de referências à saúde do idoso formam criados com a intenção de atender os requisitos básicos como programa de capacitação das equipes de saúde com orientação treinamento, cuidados. Eles estão se especializando para fazer um atendimento integral pelo SUS, atendimentos geriátricos em ambulatórios, atendimentos domiciliares, reabilitação fornecimento de medicamentos, próteses, direito a opção ao tipo de tratamento e acompanhamento.

      Mas , ainda é pouco diante de toda demanda que temos.
    A família a sociedade e o Estado devem garantir aos idosos os direitos de cidadania e participação social, dando bem–estar e o direito à vida.


                    Jane

   E termino por enquanto ,este texto  com a  música do Raul Seixas :    Ouro de tolo:
   
“....E você ainda acredita
Que é um doutor
Padre ou policial
Que está contribuindo
Com sua parte
Para o nosso belo
Quadro social...
Eu que não me sento

No trono de um apartamento
Com a boca escancarada
Cheia de dentes
Esperando a morte chegar...
Porque longe das cercas
Embandeiradas
Que separam quintais
No cume calmo
Do meu olho que vê
Assenta a sombra sonora
De um disco voador...”



domingo, 15 de junho de 2014

IMAGINAÇÃO ATIVA

 


"Este processo de imaginação ativa é tornar  consciente o material que repousa no limiar inconsciente. Consciência é um esforço e você tem que dormir a fim de se recuperar da tarefa." 

Carl G. Jung

sábado, 7 de junho de 2014

# SAUDADE # POESIA



Hoje a saudade acorda lentamente em meu peito
Das amizades que acreditei
Da natureza humana singela que se robotizou atrás das amizades efêmeras
Transformando bons hábitos em esquecido manual
banalizando os sentimentos como algo  casual.

Saudade , nem sei de quem, mas de como tudo se transformou
o baú de lembranças vai se esvaziando
Os cadernos já gastos, folhas amarelas virou
a solidão invade as letras que não escrevem
cadernos vazios, folhas ao chão, ipês amarelos .

Olhares que se perdem, comodidade é presença.
Um sorriso morno, que retrata sua ausência
Um abraço que não enlaça um afago
uma palavra que não sai do olhar , presa ao visgo do chão.
Saudade  imensa, sem cobrança, só constatação.
Vontade de abraçar o mar.

Impermanência do viver, sinalizando mudar
Estranhezas e diferenças  são recados para o coração
A razão , se perde na rigidez de suas teias vorazes.
Saudade do colo materno,  aconchego de emoção.

Chega o vento suave do amor com gentileza
levantando poeira com delicadeza,
Trazendo  folhas de outono , em revoadas de cores , formas e perfumes diferentes.
Tempo de recomeçar sem estranhezas
Tempo de florescer com coragem.
Ipês amarelos.

.
 Jane

domingo, 1 de junho de 2014

Neurociência - poesia -

Nas reentrâncias.

Neurociência é revolução
saber que o cérebro atende, repetição,
redes neurais se encontram na aprendizagem.
Ritos de passagem
circuitos que se encaixam
sinfonia que orquestra
sinapses coloridas, arco íris de emoções.
Desejos, sonhos, poder e vontade.
Realidade que se perde no Kronos esquecendo-se do Kairos
Aprender é libertar-se.
É individualizar o educando
singularidade que se realiza inovando.
Memórias que consolidam-se
na magia da aprendizagem
passa veloz pelas curvas, pedaços de imagens
marcando no homem seu processo de individuação.
Ritos de passagem
O tempo é aprender.
Na vontade que se estabelece no prazer do saber.

Jane

Em formação - Neuropsicopedagogia e Educação Especial Inclusiva