sábado, 7 de junho de 2014

# SAUDADE # POESIA



Hoje a saudade acorda lentamente em meu peito
Das amizades que acreditei
Da natureza humana singela que se robotizou atrás das amizades efêmeras
Transformando bons hábitos em esquecido manual
banalizando os sentimentos como algo  casual.

Saudade , nem sei de quem, mas de como tudo se transformou
o baú de lembranças vai se esvaziando
Os cadernos já gastos, folhas amarelas virou
a solidão invade as letras que não escrevem
cadernos vazios, folhas ao chão, ipês amarelos .

Olhares que se perdem, comodidade é presença.
Um sorriso morno, que retrata sua ausência
Um abraço que não enlaça um afago
uma palavra que não sai do olhar , presa ao visgo do chão.
Saudade  imensa, sem cobrança, só constatação.
Vontade de abraçar o mar.

Impermanência do viver, sinalizando mudar
Estranhezas e diferenças  são recados para o coração
A razão , se perde na rigidez de suas teias vorazes.
Saudade do colo materno,  aconchego de emoção.

Chega o vento suave do amor com gentileza
levantando poeira com delicadeza,
Trazendo  folhas de outono , em revoadas de cores , formas e perfumes diferentes.
Tempo de recomeçar sem estranhezas
Tempo de florescer com coragem.
Ipês amarelos.

.
 Jane

Nenhum comentário:

Postar um comentário