quinta-feira, 27 de outubro de 2011

# Combate a DENGUE - Uma questão de educação de base.






    Esse vírus está presente no Brasil desde 1982 na forma benigna, mas a partir de 1990 têm sido registrados alguns casos de dengue hemorrágica, que pode levar à morte.

   No Brasil, o agente transmissor da dengue é o Aedes aegypti , um mosquito pequeno, delgado e escuro, que possui hábitos diurnos e vive dentro ou nas proximidades das habitações urbanas. Sua reprodução ocorre em locais de água parada, como lagos, poças de água e água contida em garrafas, vasos, pneus velhos jogados em quintais.
     E como foi que estas doenças chegaram ao Brasil?
   Para o Professor Carlos Fernando Andrade:
No Brasil, a febre amarela fazia também as suas vítimas. Na cidade de Campinas, por exemplo, em cinco epidemias entre 1889 e 1897 morreram cerca de 2.500 pessoas (6% da população) e outras tantas fugiram transformando Campinas numa cidade-fantasma.
Em 1899 chegava de Paris, depois de trabalhar 4 anos no Instituto Pasteur, o jovem médico Dr. Oswaldo Cruz. Ele foi nomeado em 23 de março de 1903 Diretor-Geral do Departamento Nacional de Saúde Pública, na capital do Brasil, que era o Rio de Janeiro. Ao lado de outros grandes médicos da época, como Pereira Barreto, Emílio Ribas e Adolfo Lutz repetiu os experimentos dos cubanos e já em 5 de maio do mesmo ano baixou as seguintes instruções de profilaxia:
• Expurgo (inseticida) para combate ao inseto alado;
 • Extinção periódica antilarvária em todos os possíveis criadouros de mosquito;
 • Isolamento rigoroso do doente em ambiente protegido por telas metálicas;
 • Vigilância sanitária dos comunicantes (os que estavam doentes)
    Pela imprensa, foram distribuídas advertências na forma de "Conselhos ao Povo" . E note que já é mencionado naquela época a importância do controle biológico com o uso do peixe barrigudinho e a colaboração da comunidade.
    Na verdade, existem dois tipos de ciclos de transmissão da Febre Amarela nas Américas: o silvático e o urbano. No ciclo silvático o vírus circula entre macacos e mosquitos que vivem na floresta. O ser humano é infectado quando entra na floresta e é picado por mosquitos infectados. No ciclo urbano, o vírus é transmitido de por seres humanos para seres humanos.

Há registro de dengue no Brasil desde meados do século XIX, em l846, com epidemias   no Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador que duraram dois anos.
      No estado de São Paulo também houve epidemia no início do século XX, em 1916. Foi confundida com uma gripe forte e na ocasião ficou conhecida por urucubaca. No Rio de Janeiro na década de 20 havia 700.000 habitantes. Para combater o Ae. aegypti, Oswaldo Cruz mobilizou 5.000 homens na sua brigada mata-mosquitos, incluindo soldados do exército e até prisioneiros.

Os Vários tipos de vírus no BRASIL

A maior epidemia de dengue no Brasil ocorreu a partir de abril de l986, no Rio de Janeiro, causada por pelo vírus da dengue do tipo 1 (DEN-1, ou sorotipo I) com mais de 500 mil casos notificados e mais de l00 mil casos clínicos. E durou mais de um ano. A situação se agravou neste estado com a introdução do vírus da dengue tipo 2 em l990, e o conseqüente surgimento da dengue hemorrágica com 177 casos e 3 óbitos notificados naquele ano, seguidos por 700 casos no ano seguinte. A grande epidemia se estendeu a outros estados, como Ceará e Alagoas, com casos também na Bahia, Minas Gerais, Pernambuco, São Paulo e Mato Grosso do Sul. A dengue clássica e dengue hemorrágica têm ocorrido muito freqüentemente no Rio de Janeiro, com muitas mortes.
     De 1986 a 1990, circulou no país o DEN-1. Em l990 o DEN-2 foi diagnosticado no Rio de Janeiro e em 1998 os jornais noticiaram uma vítima com a dengue tipo III no município de Limeira, próximo Campinas. Esta pessoa havia retornado de uma viagem à Nicarágua há pouco tempo.
     Assim, circulou com freqüência no Brasil desde 1982, os vírus sorotipos I e IV em Roraima, os sorotipos I e II no Rio de Janeiro, o II em Tocantins e o sorotipo I nos demais estados.
     De 1994 até dezembro de 1996 houve um aumento de 176% no número de casos de dengue no país. Em 1997, dos 26 estados brasileiros, 14 estavam sob ameaça de epidemias de dengue hemorrágica (Jornal Folha de São Paulo - 01/02/1997).
     No Brasil, em 1996, foram mais de 179 mil casos (71% dos casos das Américas). Em 1997 foram mais de 254 mil casos. Em 1998 foram mais de 230 mil casos só nos primeiros 4 meses, e apenas 4 dos estados brasileiros não registraram casos.
     Em 2007 tivemos cerca de 300 mil casos de dengue clássico notificado no Brasil. Um aumento de 40% na ocorrência da doença, em relação ao mesmo período no ano de 2006. Uma das razões para esse aumento, foi a circulação do vírus DEN-3 em áreas onde ainda não circulava, sobretudo na região Centro-Oeste (80 mil casos em Campo Grande, MS).
     Tem ocorrido também uma mudança na faixa etária atingida pela doença. Até 2002 ocorria com maior expressão em pessoas acima de 15 anos. A partir de 2005, a dengue tem atingido mais freqüentemente crianças!
Estatísticas no Brasil

    A dengue é responsável por cerca de 100 milhões de casos/ano e põe em risco uma população de cerca de 2,5 a 3 bilhões de pessoas. A doença apresenta taxa de mortalidade de 10% para pacientes hospitalizados e de 30% para pacientes não tratados. A dengue é endêmica de regiões tropicais como o sudeste asiático, sul do Pacífico, África Oriental, Caribe e América Latina.
    No Brasil, a região Sudeste é a que registra o maior número de casos de dengue por ano, as demais regiões, por ordem de incidência de casos de dengue sã Nordeste, Centro-Oeste, Sul e Norte. Segundo o Ministério da Saúde, em 2006 foram registrados quase 280 mil casos de dengue no Brasil, o equivalente a 1 caso (não fatal) a cada 30 km², indicando um crescimento de 26,3% em relação a 2005. Em 2008, o Rio de Janeiro passou por um grave surto de dengue dos tipos 1 e 2. Em 2009, a maioria dos casos localizou-se na Bahia.O ano de 2009, em comparação ao de 2008, teve uma redução de 50% nos casos de dengue no país e campanhas para 2010 estão sendo lançadas para reduzir ainda mais a incidência da doença.
   O governo registrou que a Ilha do Governador no Estado do Rio de Janeiro, tem o maior índice de infestação de mosquitos Aedes aegypti. A região tem índice médio de 4%, mas há locais como Freguesia e Jardim Guanabara com 19% e 10%, respectivamente. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o índice máximo considerado seguro é de 1%. Ou seja, em cada grupo de 100 imóveis, o recomendável é que até um tenha pelo menos um foco do Aedes.

Fonte: Ministério da Saúde/2010

De acordo com dados do Ministério da Saúde, dez Estados brasileiros apresentam risco muito alto de sofrerem com epidemia de dengue. O Rio Grande do Sul tem risco em uma área concentrada no centro do Estado.

Os principais sintomas da dengue são:

febre alta, muitas vezes chegando aos 39 graus; dor de cabeça, dor nos olhos e nos músculos;manchas vermelhas em todo o corpo e em alguns casos ocorre sangramento da gengiva ou do nariz;perda de apetite e indisposição;
Mesmo que não exista um remédio contra a dengue é muito importante procurar um médico quando perceber os sintomas!
 Antes de virar um mosquito, o Aedes aegypti é uma larva que gosta de ficar na água parada.As larvas deste mosquito podem permanecer vivas durante um ano até que encontrem condições favoráveis para que possa virar um mosquito. É por isso que devemos prestar bastante atenção nas dicas para combater a dengue que são elas:

#o lixo deve ficar o tempo todo fechado;
#coloque terra ou areia nos pratos das plantas; esvazie as garrafas velhas;
#verifique pneus velhos e qualquer tipo de objeto que possa acumular água.


 Precisamos fazer a nossa parte , educação é a base de tudo.





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