Vidros coloridos,
janelas quebradas, tinta gasta, o tempo que passa,
o azul que se apaga,
o mato que se alastra
na vida que se traga.
Tempo esquecido.
A igrejinha que se apaga
O povo que some,
a reza que se consome.
A reza a fome
A fome da fé,
A fome da reza
O café na mesa
O povo que se foi.
A lembrança de sorrisos
A ausência de pessoas.
A fome de fé
A igrejinha que se fecha.
Pássaros saindo pela janela
Cantos que se perdem, ecos que voam
Aberta para a vida
Perdida nas profundezas de algum olhar
Perdida nas profundezas de algum olhar
Pedidos que se alastram
Gente que não entra.
Vazios que se acendem
Luz que não se apaga
Haja telhados aqui ou ali
A fé sempre se alarga
No mesmo azul que se acende e se apaga
Jane
No mesmo azul que se acende e se apaga
Jane
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