quinta-feira, 9 de agosto de 2012

# Vidraças - Poesia



Vidros coloridos,
janelas quebradas, tinta gasta, o tempo que passa,
o azul que se apaga,
o mato que se alastra
na vida que se traga.

Tempo esquecido.
A igrejinha que se apaga
O povo que some,
a reza que se consome.
A reza a fome
A fome da fé,
A fome da reza

O café  na mesa
O povo que se foi.
A lembrança de sorrisos
A ausência de pessoas.
A fome de fé
 A igrejinha que se fecha.

Pássaros saindo pela janela 
Cantos que se perdem, ecos que voam
Aberta  para a  vida
Perdida nas profundezas de algum olhar

Pedidos que se alastram
Gente que não entra.
Vazios que se acendem
Luz que não se apaga
Haja  telhados aqui ou ali
A fé sempre se alarga
No mesmo azul que se acende e se apaga


Jane

Igrejinha, fica na estrada de Campos- São João da Barra- RJ

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