segunda-feira, 21 de outubro de 2013

# Goethe # Poesia O Divino #

       Margem do rio Main, em  Frankfurt, a cidade de Goethe.
Frankfurt, Alemanha
                                                                    
                                                                      Goethe viveu aqui de 1782 até sua morte em 1832- Weimar







Johann Wolfgang Von Goethe  foi um importante romancista, dramaturgo e filósofo alemão. Nasceu na cidade de Frankfurt em 28 de agosto de 1749 e morreu em Weimar, no dia 22 de março de 1832.
Goethe era formado em Direito e chegou a atuar como advogado por pouco tempo. 
Como sua paixão era a literatura, resolveu dedicar-se a esta área. Fez parte de dois movimentos literários importantes: romantismo e expressionismo. Apresentou também um grande interesse pela pintura e desenho.
No ano de 1786 foi para a Itália, onde morou por dois anos. Neste período escreveu importantes obras como, por exemplo, Torquato Tasso (drama), Ifigênia em Taúrides (peça de teatro) e as Elegias Romanas.
Porém, sua grande obra foi o poema Fausto, escrito em 1806. Baseada numa lenda, esta obra relata a vida de Dr. Fausto, que vendeu a alma para o diabo em troca de prazeres terrenos, riqueza e poderes ilimitados.
Em 1806 casou-se com Christiane Volpius, que faleceu dez anos depois.
Escreveu também sobre temas científicos. Defendia uma nova explicação para a teoria das cores, em oposição à defendida por Isaac Newton. Demonstrou também grande interesse por botânica e pela origem das formas de vida (animal e vegetal). Alguns pesquisadores afirmam que seus estudos abriram caminho para o darwinismo e evolucionismo (teoria daEvolução das Espécies). 

Estilo e gênero literário 

- Trama dramática 
- Línguagem tipicamente germânica tradicional 
- Classicismo de Weimar (busca pela imitação do classicismo grego) 

O Divino

Nobre seja o homem,
Caridoso e bom!
Pois isso apenas
É que o distingue
De todos os seres
Que conhecemos.

Glória aos incógnitos

Mais altos seres
Que pressentimos!
Que o homem se lhes iguale!
Seu exemplo nos ensine
A crer naqueles!

Pois insensível
É a natureza:
O sol espalha luz
Sobre maus e bons,
E ao criminoso
Brilham como ao santo
A lua e as estrelas.
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Vento e torrentes,
Trovão e saraiva
Rugem seu caminho
E agarram,
Velozes passando,
Um após outro.

Tal a sorte às cegas

Lança mãos à turba
E agarra os cabelos
Do menino inocente
Ou a fronte calva
Do velho culpado.

Por eternas leis,

Grandes e de bronze,
Temos todos nós
De fechar os círculos
Da nossa existência.

Mas somente o homem

Pode o impossível:
Só ele distingue,
Escolhe e julga;
E pode ao instante
Dar duração.

Só ele é que pode

Premiar o bom,
Castigar o mau,
Curar e salvar,
Unir com proveito
Tudo o que erra e divaga.

E nós veneramos

Os Imortais
Como se homens fossem,
Em grande fizessem
O que em pequeno o melhor de nós
Faz ou deseja.

Que o homem nobre

Seja caridoso e bom!
Incansável crie
O útil, o justo,
E nos seja exemplo
Dos Seres pressentidos.

                                      Johann Wolfgang von Goethe, in "Poemas"
                                                               Johann Wolfgang von Goethe - Alemanha   1749-1832            
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                                                                 Escritório de Goethe, em sua casa de Campo
                                                                  Sala de estar da casa de Goethe, em Weimar

                              Casa de campo de Goethe, às margens do rio Ilm








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