Se pararmos uns 05 minutos
para pensarmos em nosso maior medo e escrevermos no papel, e lermos
pausadamente, refletindo, poderemos também nos perguntar, o que estou fazendo
para vencer este medo ? Ou se eu perguntar a um amigo- O que você faria , ou
diria, para uma pessoa que tem este tipo de medo, (o seu) ? E perguntasse a este amigo também, qual o seu
maior medo ? Será que teremos uma palavra de coragem para o “outro” ? Será que o “outro”
vai entender o meu medo ?
Esta dinâmica é um bom começo para pensarmos em nossos medos com mais
profundidade, procurando as suas origens, verificando o quanto ele interfere em
nossas emoções e sentimentos.Fugir do medo não é aconselhável, enfrentá-lo face a face é o nosso desafio, manter contato com ele é recurso terapêutico que vai nos ajudar a vencê-lo ou então administrá-lo para que ele não nos paralise.
Para Gandhi o medo tem alguma utilidade, mas a covardia
não.
O medo se apresenta por uma perturbação frente a uma idéia de que se
está exposto a algum perigo, que pode ser real ou imaginário.O medo é uma
reação normal, em certas circunstâncias, um mecanismo de defesa natural, quando
dentro de situações em que o indivíduo não se deixe ser controlado e paralisado
pelo medo. Comportamentos de insegurança, timidez, em seus níveis relativamente
“razoáveis”, podemos dizer que fazem parte de nossa insegurança emocional, que
ainda frágil ressente-se de algumas atenções e carências, que gostaríamos de
receber do “outro”. Mas quando este medos, vão se intensificando, podem
desencadear a síndrome do pânico ou transtornos depressivos.
Antes de sentir medo, a
pessoa experiencia a ansiedade, que é uma antecipação do estado de alerta.
O entendimento transpessoal destes estados de medo, tem resposta em nossa culpa que está gravada em nosso
inconsciente. Conquistadores que já somos de nossa razão, acordando nosso self
para sua individuação, nos vemos fascinados pelas nossas possibilidades de
aspiração de uma vida melhor, mais tranquila, em consonância com a sintonia
cósmica, mas quando os arquivos do nosso
inconsciente recebem comandos
equivocados, abrem gatilhos nesta existência acionando as “zonas de desconforto
emocional” que estão gravadas em nossa vivência espiritual como “arquivos
comprometidos diante da Lei de Deus”, vamos chamá-los assim, e esta
contradição, esta dialética, em muitas pessoas reverberam em uma culpa enorme,
um medo assustador, causando pavores incríveis, transtornos fóbicos, que paralisam
o seu viver, por medo talvez de reincidir naqueles aspectos que mais doem e
incomodam a sua existência atual.
A luta entre a sombra, o
negativo de cada um de nós, exprimindo seu lado não aceito que habita em nós e
a luz que desejamos ser. O antídoto do
medo é o amor. As vezes não temos este recurso em nós mesmos, pois nestes
momentos a nossa autoestima está muito diminuída. Precisamos fazer o caminho
para pedir ajuda a um amigo, familiar, terapêutico ou / e religioso.
Joanna de Ângelis , nos diz que no medo, existem dois fatores:
1- fatores endógenos, que diz
respeito as nossas atitudes equivocadas em existências passadas que podem se
apresentar nesta atual vivência como sutis obsessões. De uma forma geral ,podemos
pensar que em meio as diversas Leis Divinas que regem todos os corpos do universo é a Lei da atração
da sintonia e do amor, as que mais alicerçam o nosso cotidiano. Ficamos
assim, envoltos nesta Lei de Atração, sinalizando com nossas ondas mentais as nossas
ações que estão impressas no corpo perispiritual, que por sua vez fica instalado
no inconsciente. Quando o acionamos capturamos as ondas mentais concernentes aquele
momento histórico nosso, juntamente com quem participou dele, e se temos
desafetos , poderemos estar atraindo-os, gerando assim algum tipo de processo de influenciação, que pode nos causar algum desconforto. Daí, muitas vezes vermos
determinados comportamentos estranhos em nossos parentes amigos, entre outros,
onde a medicina e a psicologia estudam
como : TOC (Transtorno obsessivo compulsivo ) TDAH ( Transtorno do déficit de
atenção com hiperatividade), TOD ( Transtorno de oposição e desafio), TEI (
Transtorno explosivo Intermitente), entre outros. Somente um olhar holístico
dará a esta pessoa o acolhimento que a sustentará para superar esta fase de perturbação
de sua psique.
Na individuação, na busca de auto realização precisamos
diferenciar e integrar todas as nossas instâncias
psíquicas: “eu”, persona, anima ou animus e a sombra,
em relação ao Si-mesmo e ao coletivo, para que alcancemos assim, o nosso desenvolvimento no âmbito pessoal, espiritual e coletivo.
Os antídotos que mais precisamos para vencer o medo são: coragem,
desapego, gratidão, igualdade, confiança, segurança e ação.
Para Joanna de Ângelis o medo é sempre injustificável, seja como for que se expresse.
Para Joanna de Ângelis o medo é sempre injustificável, seja como for que se expresse.
2- Fatores exógenos – Diz respeito as atitudes e hábitos
educacionais que recebemos e damos dentro de nosso lar, nossa primeira escola
existencial. Há pais que atemorizam seus filhos. Certa vez uma adolescente me
falou que sua irmã mais velha educava os filhos de uma forma muito boa, fiquei
curiosa e perguntei, como ela faz? Ao que respondeu: - Toda vez que as crianças
fazem uma “bagunça, desobediência “ela coloca as crianças em um quarto escuro
que fica nos fundos da casa, e que só saem de lá depois que se arrependerem do
que fez. Então pensei : Quantos medos levarão estas crianças para a vida adulta
?
Há cantigas de roda que são aterrorizadoras....boi da cara preta, pega
esta criança.... a canoa virou.., então todos morreram e a culpa é sua porque
você não soube remar ?...Atirei pau no gato....Samba Lelê está doente, está com
a cabeça quebrada...precisa de dezoito lambadas...Coitado do Samba Lelê, não pode
chorar, sentir dor, que vai levar
lambadas???!!!!Quantas coisas nós pais precisamos rever para darmos uma boa educação moral aos nossos filhos.
Vivemos em uma sociedade que nos bombardeia com notícias de
violência, assaltos, guerras, terremotos, transformando o nosso cotidiano em verdadeira tormenta de
medos e inseguranças. Vivemos nossas práticas socioculturais em função das
mudanças tecnológicas, a cultura de convergências nos chama para a globalização que nos aprisiona
muita das vezes em sua ideologia consumista e outras vezes nos conclama a
criticar, sair do estado de alienação para uma prática libertadora, participativa nas redes sociais.
Ante tais acontecimentos os medos poderão sempre ressurgir pois os fatos neste nosso momento de
transição exige de nós uma postura de escolha, ou permanecemos atavicamente presos aos medos ou optamos pelo amor, posto que os dois não conseguem conviver no mesmo
espaço.
Momento difícil este de transição, precisamos de muita fé, amor e vontade para vencermos nossos medos e acreditarmos de fato que o melhor está
por vir.
Jane.
Psicologia Transpessoal com base nos ensinos de Joanna de Ângelis.
Psicologia Transpessoal com base nos ensinos de Joanna de Ângelis.
Poesia maravilhosa !!!!!
EU CAÇADOR
DE MIM
Compositor:
Sérgio Magrão
A vida me fez assim
Doce ou atroz, manso ou feroz
Eu, caçador de mim
Preso a canções
Entregue a paixões
Que nunca tiveram fim
Vou me encontrar longe do meu lugar
Eu, caçador de mim
Nada a temer
Senão o correr da luta
Nada a fazer
Senão esquecer o medo
Abrir o peito à força
Numa procura
Fugir às armadilhas da mata escura
Longe se vai sonhando demais
Mas onde se chega assim
Vou descobrir o que me faz sentir
Eu, caçador de mim
Nada a temer
Senão o correr da luta
Nada a fazer
Senão esquecer o medo
Abrir o peito à força
Numa procura
Fugir às armadilhas da mata escura
Vou descobrir o que me faz sentir
Eu, caçador de mim
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