domingo, 6 de outubro de 2013

# Medo - Até onde ele nos controla ? Visão Transpessoal - #

Pânico, medo e fobia > Psicólogo em São Paulo


   Se pararmos  uns 05 minutos para pensarmos em nosso maior medo e escrevermos no papel, e lermos pausadamente, refletindo, poderemos também nos perguntar, o que estou fazendo para vencer este medo ? Ou se eu perguntar a um amigo- O que você faria , ou diria, para uma pessoa que tem este tipo de medo, (o seu) ? E  perguntasse a este amigo também, qual o seu maior medo ? Será que teremos uma palavra  de coragem para o “outro” ? Será que o “outro” vai entender o meu medo ?
   Esta dinâmica é um bom começo para  pensarmos em nossos medos com mais profundidade, procurando as suas origens, verificando o quanto ele interfere em nossas emoções e sentimentos.Fugir do medo não é aconselhável, enfrentá-lo face a face é o nosso desafio, manter contato com ele é recurso terapêutico que vai nos ajudar a vencê-lo ou então administrá-lo para que ele não nos paralise.
    Para Gandhi  o medo tem alguma utilidade, mas a covardia não.
   O medo se apresenta por uma perturbação frente a uma idéia de que se está exposto a algum perigo, que pode ser real ou imaginário.O medo é uma reação normal, em certas circunstâncias, um mecanismo de defesa natural, quando dentro de situações em que o indivíduo não se deixe ser controlado e paralisado pelo medo. Comportamentos de insegurança, timidez, em seus níveis relativamente “razoáveis”, podemos dizer que fazem parte de nossa insegurança emocional, que ainda frágil  ressente-se de algumas atenções e carências, que gostaríamos de receber do “outro”. Mas quando este medos, vão se intensificando, podem desencadear a síndrome do pânico ou transtornos depressivos.
    Podemos  considerar como  medo quando existe um estímulo desencadeador externo óbvio que provoca comportamento de fuga ou evitação.O medo libera os  hormônios como a adrenalina, que causam imediata aceleração dos batimentos cardíacos. É uma resposta do organismo a uma estimulação aversiva, física ou mental, cuja função é preparar o sujeito para uma possível luta ou fuga.
    Antes de sentir medo, a pessoa experiencia a ansiedade, que é uma antecipação do estado de alerta.
   O entendimento transpessoal  destes  estados de medo, tem resposta em  nossa culpa que está gravada em nosso inconsciente. Conquistadores que já somos de nossa razão, acordando nosso self para sua individuação, nos vemos fascinados pelas nossas possibilidades de aspiração de uma vida melhor, mais tranquila, em consonância com a sintonia cósmica, mas quando os arquivos do  nosso inconsciente recebem  comandos equivocados, abrem gatilhos nesta existência acionando as “zonas de desconforto emocional” que estão gravadas em nossa vivência espiritual como “arquivos comprometidos diante da Lei de Deus”, vamos chamá-los assim, e esta contradição, esta dialética, em muitas pessoas reverberam em uma culpa enorme, um medo assustador, causando pavores incríveis, transtornos fóbicos, que paralisam o seu viver, por medo talvez de reincidir naqueles aspectos que mais doem e incomodam a sua existência atual.
A luta  entre a sombra, o negativo de cada um de nós, exprimindo seu lado não aceito que habita em nós e a luz  que desejamos ser. O antídoto do medo é o amor. As vezes não temos este recurso em nós mesmos, pois nestes momentos a nossa autoestima está muito diminuída. Precisamos fazer o caminho para pedir ajuda a um amigo, familiar, terapêutico ou / e religioso.
Joanna de Ângelis , nos diz que no medo, existem dois fatores:
   1- fatores endógenos, que diz respeito as nossas atitudes equivocadas em existências passadas que podem se apresentar nesta atual vivência como sutis obsessões.  De uma forma geral ,podemos pensar que em meio as diversas Leis  Divinas que regem  todos os corpos do universo é a Lei da atração da sintonia e do amor,  as que mais alicerçam o nosso cotidiano. Ficamos assim, envoltos nesta Lei de Atração, sinalizando com nossas ondas mentais as nossas ações que estão impressas no corpo perispiritual, que por sua vez fica instalado no inconsciente. Quando o acionamos capturamos as ondas mentais concernentes aquele momento histórico nosso, juntamente com quem participou dele, e se temos desafetos , poderemos estar atraindo-os, gerando assim algum tipo de processo de influenciação, que pode nos causar algum desconforto. Daí, muitas vezes vermos determinados comportamentos estranhos em nossos parentes amigos, entre outros, onde a medicina e a psicologia  estudam como : TOC (Transtorno obsessivo compulsivo ) TDAH ( Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade), TOD ( Transtorno de oposição e desafio), TEI ( Transtorno explosivo Intermitente), entre outros. Somente um olhar holístico dará a esta pessoa o acolhimento que a sustentará para superar esta fase de perturbação de sua psique.
 Estes sintomas de medos ou de transtornos fóbicos podem estar correlacionados a situações vivenciadas em vidas anteriores.As vezes uma morte súbita, uma morte traumática, pode ter gerado uma memória espiritual naquela pessoa que ao estar em contado nesta existência com algo que a faz sentir algum envolvimento com a situação associativa similar, a  sensação de pânico que já foi vivenciada, retorna. Assisti  um relato na TV, de uma  pessoa que tinha pânico de gatos, quando em Terapia de regressão de vidas passadas   ela viu a cena onde ela era devorada por um felino. O gato foi o gatilho nesta atual existência.
 Na individuação, na busca de auto realização precisamos diferenciar e integrar todas as nossas  instâncias psíquicas: “eu”, persona, anima ou animus e a sombra, em relação ao Si-mesmo e ao coletivo, para que alcancemos assim, o nosso  desenvolvimento  no âmbito pessoal, espiritual e coletivo.
   Os antídotos que mais precisamos para vencer o medo são: coragem, desapego, gratidão, igualdade, confiança, segurança e ação.
 Para Joanna de Ângelis o medo é sempre injustificável, seja como for que se expresse.
   2- Fatores exógenos – Diz respeito as atitudes e hábitos educacionais que recebemos e damos dentro de nosso lar, nossa primeira escola existencial. Há pais que atemorizam seus filhos. Certa vez uma adolescente me falou que sua irmã mais velha educava os filhos de uma forma muito boa, fiquei curiosa e perguntei, como ela faz? Ao que respondeu: - Toda vez que as crianças fazem uma “bagunça, desobediência “ela coloca as crianças em um quarto escuro que fica nos fundos da casa, e que só saem de lá depois que se arrependerem do que fez. Então pensei : Quantos medos levarão estas crianças para a vida adulta ?
   Há cantigas de roda que   são aterrorizadoras....boi da cara preta, pega esta criança.... a canoa virou.., então todos morreram e a culpa é sua porque você não soube remar ?...Atirei pau no gato....Samba Lelê está doente, está com a cabeça quebrada...precisa de dezoito lambadas...Coitado do Samba Lelê,   não pode chorar, sentir dor, que vai  levar lambadas???!!!!Quantas coisas nós pais precisamos rever para darmos uma boa educação moral aos nossos filhos.
   Vivemos em uma sociedade que nos bombardeia com notícias de violência, assaltos, guerras, terremotos,  transformando o  nosso cotidiano em verdadeira tormenta de medos e inseguranças. Vivemos nossas práticas socioculturais em função das mudanças tecnológicas, a cultura de convergências nos chama para  a globalização que nos aprisiona muita das vezes em sua ideologia consumista e outras vezes nos conclama a criticar, sair do estado de alienação para uma prática libertadora, participativa nas  redes sociais.
    Ante tais acontecimentos os medos poderão sempre ressurgir pois os fatos neste nosso momento de transição exige de nós uma postura de escolha, ou permanecemos atavicamente presos aos medos ou optamos pelo amor, posto que os dois não conseguem conviver no mesmo espaço.
   Momento difícil este de transição, precisamos  de muita fé, amor e vontade para vencermos nossos medos e acreditarmos de fato que o melhor está por vir.

Jane.

Psicologia Transpessoal com base nos ensinos de Joanna de Ângelis.


Poesia maravilhosa !!!!!


  
EU    CAÇADOR     DE     MIM
Compositor: Sérgio Magrão

Por tanto amor, por tanta emoção
A vida me fez assim
Doce ou atroz, manso ou feroz
Eu, caçador de mim
Preso a canções
Entregue a paixões
Que nunca tiveram fim
Vou me encontrar longe do meu lugar
Eu, caçador de mim
Nada a temer
Senão o correr da luta
Nada a fazer
Senão esquecer o medo
Abrir o peito à força
Numa procura
Fugir às armadilhas da mata escura
Longe se vai sonhando demais
Mas onde se chega assim
Vou descobrir o que me faz sentir
Eu, caçador de mim
Nada a temer

Senão o correr da luta
Nada a fazer
Senão esquecer o medo
Abrir o peito à força
Numa procura
Fugir às armadilhas da mata escura
Vou descobrir o que me faz sentir
Eu, caçador de mim

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