segunda-feira, 28 de outubro de 2013

# VISITANDO MUSEUS NO RIO DE JANEIRO # YAYOI- SACHA GOLDBERGER-BERNA REALE- YURI FIRMEZA- BEATRIZ MILHAZES #



No  dia 25 de outubro de 2013, fiz uma das coisas que mais gosto, fui a 03 Museus. Estava de passagem pelo Rio de Janeiro,   e queria aproveitar o tempo de  uma forma bem agradável, que para mim é estar em contato com a ARTE. Pois não perdi tempo, primeiro fui ao Centro Cultural Banco do Brasil e vi a exposição de Yayoi Kusama, Obsessão infinita. A exposição com esta importante artista japonesa trouxe 110 obras, que foram realizadas entre 1949 e 2012, incluindo pinturas, trabalhos sobre papel, esculturas, vídeos e instalações. Os curadores foram: Philip Larratt-Smith e Frances Morris.


       







  


O que achei muito interessante nesta imersão nos museus foi a biografia da artista Yayoi.
      Yayoi Kusama, começou a realizar trabalhos poéticos nos anos 1940, sofre de transtorno obsessivo compulsivo e alucinações desde a infância. Segundo a artista, desde pequena seus transtornos mentais traduziram-se em arte, mas sua família repressora chegou a destruir muitos de seus desenhos. Sua sorte foi ter-se tratado ainda muito jovem com um psiquiatra de entendia de arte, o que a levou a lutar contra a doença, desenvolvendo sua criatividade. Sua produção artística foi o que a manteve viva.
     No fim dos anos 1950 concebeu a celebrada série “Infinity Net”, com pinturas caracterizadas pela repetição obsessiva de pequenos arcos pintados. 
   Em 1957 mudou-se do Japão para New York, onde conheceu Andy Warhol, Donald Judd e Joseph Cornell. Foi lá que ela começou a fazer esculturas delicadas, conhecidas como “Accumulations” e performances em que pessoas nuas eram cobertas com suas indefectíveis bolinhas.
     A exposição “Infinite Obsession” (Obsessão Infinita) viaja pelo Brasil entre 2013 e 2014.
    Com 84 anos, a artista obcecada por bolinhas vive, por vontade própria, em uma clínica psiquiátrica em Tóquio desde 1977, de onde cria e produz as suas obras.
yayoi

 “Minha arte é uma expressão da minha vida, sobretudo da minha doença mental, originária das alucinações que eu posso ver. Traduzo as alucinações e imagens obsessivas que me atormentam em esculturas e pinturas. Todos os meus trabalhos em pastel são produtos da neurose obsessiva e, portanto, intrinsecamente ligados à minha doença. Crio peças, mesmo quando não vejo alucinações”, conta a artista.


       Outra exposição bem bacana no CCBB foi VIRAL VIREI de conteúdos virais. É feita uma abordagem do fenômeno da viralização, do mundo pré-digital aos dias de hoje.São videoinstalações, obras digitais e suportes multiplataformas que nos apresentam um recorte da cultura de compartilhamento que nos leva a reflexão crítica das inovações e tendências do nosso cotidiano. 

São os artistas Jonathan Harris, Sacha Goldberger  Tanja Hollander, Lucas Bombozzi e Alexandre Mury que nos apresentam estes recortes multifacetados destas linguagens que nos une as redes digitais


CONCEITO_EXPO
Conceito da Exposição:
   "O diálogo e a necessidade de compartilhar são próprios do homem. A exposição Virei Viral traça uma trajetória do fenômeno da viralização, desde a circularidade da tradição oral ao momento atual de hipertextualidade nervosa de informação. A narrativa da exposição trata da palavra falada de mitos, provérbios e histórias como a gestora da memória social. E chega à palavra fluida que se aloja na nuvem binária paradoxalmente amorfa, leve e pesada. Misturando história, cultura, arte e design a exposição apresenta um recorte multifacetado da cultura de compartilhamento. Vídeoinstalações, histórias que correm e a voz de artistas contemporâneos que versam sobre e através das novas tecnologias geram um espaço para reflexão, fruição e experimentação."



      Para finalizar a manhã fui para  o Museu  de Arte do Rio (Mar) com exposição de Berna Reale- Vazio de Nós, que reflete sobre o mundo que vivemos e a vulnerabilidade que permeia nossa sociedade tão individualista; Yuri Firmeza com Turvações Estratigráficas, onde o artista recolhe materiais de demolição de determinadas  casas, onde os objetos arqueológicos não devem ficar só expostos em museus, mas fornecer informações sobre as pessoas que nos antecederam, nestes fragmentos de objetos há uma memória que precisa ser humanizada e a Retrospectiva coreográfica de Xavier Le Roy.
Sacha Goldberger

MUSEU DE ARTE DO RIO


      Retrospectiva de Xavier Le Roy, é uma apresentação coreográfica na qual os performers realizam ações que promovem diferentes experiências sobre como usamos, consumimos ou produzimos tempo.
   São três composições acionadas simultaneamente: a duração de cada visitante na obra; a duração do trabalho diário de cada um dos 16 performers; e o aprofundamento das ações ao longo da duração total da exposição. Retrospectiva se baseia nos solos criados por Xavier Le Roy entre 1994 e 2010 e foi desenvolvido durante oficina realizada no ImPulsTanz 2011.
       A obra emprega o conceito de retrospectiva como um modo de produção e não como uma forma de mostrar o desenvolvimento de um artista. Junto com Le sacre du printemps, completa a participação do coreógrafo francês no Panorama 2013.





Os três atores que se apresentavam no dia que fui. Excelente Performance! Parabéns!


Para terminar o maravilhoso passeio fui ver as telas gigantes e coloridas no Paço Imperial de Beatriz Milhazes, a exposição - Meu Bem, onde  faz uma mostra das telas de 1989 a 2013.Beatriz em sua abstração nas telas reflete as influências de Tarsila do Amaral, Matisse e Mondrian. 
     E finalizando esta manhã fui saborear uma quiche de espinafre  com saladas. O cansaço agradecia aquela refeição maravilhosa no restaurante do Museu.

Spring Love (2010) by Beatriz Milhazes


Summer Love (2010) by Beatriz Milhazes
           
             E fica convite, vamos ao MUSEU ?

Jane.  

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